Impact of mechanical ventilation on quality of life and functional status after ICU discharge: A cross-sectional study
Impacto da ventilação mecânica na qualidade de vida e no estado funcional após alta da UTI: um estudo transversal

Rev. Assoc. Med. Bras. (1992); 64 (1), 2018
Publication year: 2018

Summary Objective:

To evaluate the impact of the need for mechanical ventilation (MV) and its duration throughout ICU stay on the quality of life (QoL) and physical functional status (PFS) after the immediate ICU discharge.

Method:

This was a cross-sectional study including all subjects consecutively discharged from the ICU during 1-year period. During the first week after ICU discharge, QoL was assessed through WHOQoL-Bref questionnaire and PFS through the Karnofsky Performance Status and modified-Barthel index, and retrospectively compared with the pre-admission status (variation [Δ] of indexes).

Results:

During the study, 160 subjects met the inclusion criteria. Subjects receiving MV presented PFS impairment (Δ Karnofsky Performance Status [-19.7 ± 20.0 vs. -14.9 ± 18.2; p=0.04] and Δ modified-Barthel index [-17.4 ± 12.8 vs. -13.2 ± 12.9; p=0.05]) compared with those who did not receive MV. Duration of MV was a good predictor of PFS (Δ Karnofsky Performance Status [-14.6-1.12 * total days of MV; p=0.01] and Δ modified-Barthel index [-14.2-0.74 * total days of MV; p=0.01]). QoL, assessed by WHOQoL-Bref, showed no difference between groups (14.0 ± 1.8 vs. 14.5 ± 1.9; p=0.14), and the duration of MV did not influence QoL (WHOQoL-Bref scale [14.2-0.05* total days of MV; p=0.43]).

Conclusion:

Need for MV and duration of MV decrease patient PFS after ICU discharge.

Resumo Objetivo:

Avaliar o impacto da necessidade de ventilação mecânica (VM) e sua duração na qualidade de vida (QV) e no estado funcional físico (EFF) dos pacientes após a alta imediata da UTI.

Método:

Estudo transversal incluindo todos os pacientes que, consecutivamente, tiveram alta da UTI durante um período de um ano. Durante a primeira semana após a alta da UTI, a QV foi avaliada através do questionário WHOQoL-Bref e o EFF através do índice de Karnofsky e do índice de Barthel modificado, comparados retrospectivamente com o estado pré-admissão (variação [Δ] dos índices).

Resultados:

Durante o estudo, 160 indivíduos preencheram os critérios de inclusão. Os indivíduos submetidos a VM apresentaram maior prejuízo no EFF (Δ Karnofsky [-19,7 ± 20,0 vs. -14,9 ± 18,2; p=0,04] e Δ Barthel modificado [-17,4 ± 12,8 vs. -13,2 ± 12,9; p=0,05]) quando comparados aos pacientes sem VM. A duração da VM foi um bom preditor de redução do EFF (Δ Karnofsky [-14,6-1,12 * dias totais de VM; p=0,01] e Δ Barthel modificado [-14,2-0,74 * dias totais de VM; p=0,01]). A QV, avaliada pelo WHOQoL-Bref, não mostrou diferença entre os grupos (14,0 ± 1,8 vs. 14,5 ± 1,9; p=0,14) e a duração da VM não influenciou a QV (WHOQoL-Bref [14,2-0,05 * dias totais de VM; p=0,43]).

Conclusão:

A necessidade e a duração do VM reduzem a performance física dos pacientes após a alta da UTI.

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