Nonalcoholic steatohepatitis in posttransplantation liver: Review article
Esteato-hepatite não alcoólica no pós-transplante de fígado: artigo de revisão

Rev. Assoc. Med. Bras. (1992); 64 (2), 2018
Publication year: 2018

Summary Introduction:

Nonalcoholic steatohepatitis (NASH) associated or not with cirrhosis is the third leading indication for liver transplantation (LT) around the world. After transplants, NASH has a high prevalence and occurs as both recurrent and de novo manifestations. De novo NASH can also occur in allografts of patients transplanted for non-NASH liver disease.

Objective:

To evaluate recurrent or de novo NASH in post-LT patients.

Method:

A literature review was performed using search engines of indexed scientific material, including Medline (by PubMed), Scielo and Lilacs, to identify articles published in Portuguese and English until August 2016.

Eligible studies included:

place and year of publication, prevalence, clinical characteristics, risk factors and survival.

Results:

A total of 110 articles were identified and 63 were selected. Most of the studies evaluated recurrence and survival after LT. Survival reached 90-100% in 1 year and 52-100% in 5 years. Recurrence of NAFLD (steatosis) was described in 15-100% and NASH, in 4-71%. NAFLD and de novo NASH were observed in 18-67% and 3-17%, respectively. Metabolic syndrome, diabetes mellitus, dyslipidemia and hypertension were seen in 45-58%, 18-59%, 25-66% and 52-82%, respectively.

Conclusion:

After liver transplants, patients present a high prevalence of recurrent and de novo NASH. They also show a high frequence of metabolic disorders. Nevertheless, these alterations seem not to influence patient survival.

Resumo Introdução:

A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é a terceira causa de transplante hepático no mundo. Tem elevada prevalência após transplante hepático (TH) e é representada pela recorrência da esteato-hepatite (NASH), ou por NASH de novo, que ocorre em pacientes transplantados por outra etiologia.

Objetivo:

Realizar uma revisão da literatura para avaliar a relevância da recorrência ou do NASH de novo em pacientes transplantados de fígado.

Método:

Realizada revisão da literatura através de artigos indexados no Medline, Scielo e Lilacs até 2016 publicados em inglês e português. Foram considerados elegíveis estudos que incluíram local e ano de publicação, prevalência e características clínicas dos pacientes.

Resultados:

Foram identificados 110 artigos e selecionados 63, que avaliaram a recorrência de NASH, NASH de novo e sobrevida após o TH. A sobrevida foi de 90% a 100% em um ano e de 52-100% em 5 anos. A recorrência de esteatose variou de 15-100% e a de NASH de 4-71%, enquanto esteatose e NASH de novo variaram de 18-67% e 3-17%, respectivamente. A frequência de síndrome metabólica, diabetes, dislipidemia e hipertensão variaram de 45-58%, 18-59%, 25-66% e 52-82%, respectivamente.

Conclusão:

No pós-transplante de fígado, os pacientes apresentam elevada prevalência de recorrência, de NASH de novo e de distúrbios metabólicos. Entretanto, essas alterações parecem não influenciar a sobrevida dos pacientes.

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