Dyslipidemia and maternal obesity: Prematurity and neonatal prognosis
Dislipidemia e obesidade materna: prematuridade e prognóstico neonatal

Rev. Assoc. Med. Bras. (1992); 64 (3), 2018
Publication year: 2018

Summary Objective:

To identify the changes caused by dyslipidemia and obesity in pregnancy suggesting causes for premature birth, and the prognosis for the newborn.

Method:

Systematic review based on the Medline, Lilacs, Embase and Cochrane library databases between 1996 and 2016.

The search for studies included the following keywords:

"dyslipidemia, pregnancy, obesity, preterm birth." A protocol was programmed and a protocol for inclusion/exclusion of studies was implemented.

Results:

Of the 5,789 articles initially selected between March 1996 and July 2016, only 32 were in accordance with the established criteria. Of these, 28.12% discussed risk factors of prematurity; 37.50%, metabolic alterations and gestational dyslipidemia; 21.87%, dyslipidemic complications in preterm birth; and 12,50%, lipid metabolism, glycemic and placental transfer.

Conclusion:

There is a reduced adaptation of obese pregnant women to the metabolic changes of gestation. This favors dyslipidemic intercurrences in the mother, which, directly or indirectly, suggests the occurrence of premature births and high lipid transfer to the fetus. Therefore, preterm newborns, whose mothers were dyslipidemic during pregnancy, have greater risk of epicardial fat, both in early (first year of life) and in later (adult) phases of life.

Resumo Objetivo:

Identificar as alterações provocadas pela dislipidemia e pela obesidade na gestação que sugerem causas de partos prematuros e o prognóstico para o recém-nascido.

Método:

Revisão sistemática nas bases de dados Medline, Lilacs, Embase e da biblioteca Cochrane entre os anos de 1996 e 2016. O processo de seleção ocorreu a partir dos descritores dislipidemia, gravidez, obesidade, nascimento prematuro. Um protocolo foi programado, havendo uma etapa seletiva de inclusão/exclusão das pesquisas.

Resultados:

Dentre os 5.789 artigos inicialmente selecionados entre março e julho de 2016, somente 32 estavam de acordo com os critérios estabelecidos. Desses, 28,12% focavam nos fatores de risco da prematuridade; 37,50%, em alterações metabólicas e dislipidemia gestacional; 21,87%, em intercorrências dislipidêmicas no parto prematuro; 12,50%, em metabolismo lipídico, glicêmico e transferências pela placenta.

Conclusão:

Existe uma menor adaptação da gestante obesa às mudanças metabólicas da gestação, favorecendo intercorrências dislipidêmicas na mãe, o que, direta ou indiretamente, sugere a ocorrência de partos prematuros e uma elevada transferência de lipídios para o feto. Portanto, recém-nascidos prematuros de mães dislipidêmicas durante a gravidez apresentam maior risco de desenvolver gordura epicárdica tanto na fase precoce (primeiro ano de vida) quanto na tardia (vida adulta).

More related