Qual é a área de trabalho ideal na fixação de uma fratura da diáfise do fêmur com placa em ponte? Estudo multinacional transversal
What is the ideal working length for bridge plating osteosynthesis of a femoral shaft fracture? A multinational online survey evaluation

Rev. Col. Bras. Cir; 44 (4), 2017
Publication year: 2017

RESUMO Objetivo:

avaliar a conduta de cirurgiões ortopédicos da América Latina na definição da área de trabalho em distintos padrões de fratura da diáfise do fêmur.

Métodos:

foi desenvolvido um questionário em que foram apresentadas opções de fixação extra-medular em quatro padrões de fratura da diáfise do fêmur com três diferentes áreas de trabalho. O questionário foi submetido aos participantes utilizando-se a ferramenta Googleforms. A associação entre as características profissionais e as opções de conduta médica de acordo com cada tipo de fratura foi analisada pelo teste de qui-quadrado, com nível de significância de 5%.

Resultados:

setecentos e sete profissionais da América Latina responderam o questionário. A maioria dos participantes optou por uma menor área de trabalho na osteossíntese em todas as situações do estudo. Observou-se associação significativa entre a especialidade e a conduta médica nas fraturas do tipo AO 32-B3 e 32-C2 (p < 0,05). As demais características profissionais não mostraram associação significativa.

Conclusão:

a maioria dos participantes deste estudo prefere construções com menor área de trabalho, representando aproximadamente um terço do comprimento total da placa, independentemente do padrão de fratura. Houve associação significativa entre o tipo de especialidade (trauma ortopédico) e as opções de conduta para as fraturas do tipo AO 32-B3 e 32-C. O presente estudo reforça a importância da compreensão do conceito de área de trabalho, mostrando que sua estimativa continua sendo baseada mais na experiência do cirurgião do que em conceitos biomecânicos que regem o processo de consolidação de fraturas.

ABSTRACT Objective:

to evaluate how orthopedic surgeons in Latin America define the working length for distinct patterns of femoral shaft fracture.

Methods:

a survey was developed presenting different options of working length in four femoral fracture patterns. The survey was submitted to the participants using Google Forms tool. The association between professional characteristics and medical management options according to each type of fracture was analyzed by Chi-square test, with 5% significance level.

Results:

seven hundred and seven professionals from all Latin America answered the survey. The majority prefered a smaller working length for all situations presented in the study. There was a significant association between the main interest area and the medical preference for the management in fracture types AO 32-B3 and 32-C2 (p<0.05). Other professional characteristics had no significant association at the level of 5%.

Conclusion:

most of the study participants preferred constructions with smaller working length, representing approximately one-third of the total length of the plate, regardless of fracture pattern. There was a significant association between the main interest area (orthopedic trauma) and medical management options for fracture type AO 32-B3 and 32-C2. This can be attributed in part to the fact that these two types of fractures are considered, in the view of the authors, intermediate patterns in terms of strain. This study reinforces the importance of understanding the concept of working length, showing that its calculation remains more based on the surgeons' experience than grounded by strong biomechanical concepts governing the fracture healing process.

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