Observation time and spontaneous resolution of primary phimosis in children
Tempo de observação e resolução espontânea de fimose primária em crianças

Rev. Col. Bras. Cir; 44 (5), 2017
Publication year: 2017

ABSTRACT Objective:

to investigate spontaneous resolution rate of a series of patients with physiologic phimosis in relation to observation time and presence of symptoms.

Methods:

retrospective and longitudinal follow-up study of patients with physiologic phimosis, that did not apply topic treatment. These patients were invited for a new visit for reevaluation, or recent data were obtained by chart analysis. Spontaneous resolution rate was determined and statistically compared to age, presence of symptoms at first medical visit and time until reevaluation.

Results:

seventy one patients were included. Medium time of observation from first visit to reevaluation was 37.4 months. There was spontaneous resolution of phimosis in 32 (45%) patients. Children with spontaneous resolution were younger at initial diagnosis and were observed during a longer period of time. Most asymptomatic patients at first visit presented spontaneous resolution. However, it was not possible to stablish a significant relationship between presence of symptoms and evolution of physiologic phimosis.

Conclusions:

time of observation was the main determinant of spontaneous resolution of patients with physiologic phimosis, reinforcing the current more conservative approach regarding circumcision of those patients.

RESUMO Objetivo:

investigar a taxa de resolução espontânea de uma série de pacientes com diagnóstico de fimose fisiológica e sua relação com o tempo de observação e com a presença de sintomas.

Métodos:

estudo retrospectivo e de seguimento longitudinal e observacional de pacientes em acompanhamento por fimose fisiológica, que não haviam realizado tratamento tópico. Estes pacientes foram convocados para uma consulta médica de reavaliação ou tiveram dados recentes obtidos a partir da análise dos prontuários. A taxa de resolução espontânea foi determinada e comparada estatisticamente de acordo com a idade, com a presença de sintomas no momento da primeira consulta e com o tempo transcorrido entre a primeira consulta e a reavaliação.

Resultados:

setenta e um pacientes foram incluídos no estudo. O tempo médio de observação, entre a primeira consulta e a reavaliação foi de 37,4 meses. Houve resolução espontânea da fimose em 32 (45%) pacientes. As crianças que apresentaram resolução espontânea eram mais jovens no momento do diagnóstico inicial e foram observadas por um maior intervalo de tempo. A maior parte dos pacientes assintomáticos na primeira consulta apresentou resolução espontânea. No entanto, não foi possível estabelecer uma relação significativa entre a presença de sintomas e a evolução da fimose fisiológica.

Conclusões:

o tempo de observação foi o maior determinante para a resolução espontânea de pacientes com fimose fisiológica, o que reforça a tendência atual mais conservadora em relação às indicações de circuncisão para estes pacientes.

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