Epidemiological profile and treatment of substance losses by trauma to the lower limbs
Perfil epidemiológico e tratamento de perdas de substância por trauma em membros inferiores

Rev. Col. Bras. Cir; 44 (5), 2017
Publication year: 2017

ABSTRACT Objectives:

to evaluate the epidemiological profile, the surgical treatment and the postoperative results of patients with complex traumatic injuries to the lower limbs.

Methods:

we conducted a retrospective study of patients with traumatic complex injuries treated by the Plastic Surgery Service of a regional hospital in Brasília. We analyzed clinical-epidemiological data, type of surgical procedure and functional recovery of the limb after six months of treatment.

Results:

119 patients were treated, with a mean age of 29 years, predominantly men (76.4%). Motorcycle accident was responsible for most of the injuries, in 37.8% of cases. The most frequent surgical treatment was skin grafting (62.1%), followed by the fasciocutaneous flap (21.9%), muscular flap (12.6%) and microsurgical flap (3.4%). Six months after completion of the surgical treatment, 35.3% of the patients needed crutches to move, characterizing a delay in limb functional recovery that, however, was significantly related to the presence of fractures, external fixation or bone exposure in the preoperative period.

Conclusion:

the profile of the patient with complex traumatic lower limb injury was a male, motorcycle accident victim, and grafting was the most used treatment. Orthopedic trauma with bone fracture, bone exposure and the presence of external fixator were significantly associated with a higher risk of limb functional impairment, requiring locomotion crutches after six months of treatment.

RESUMO Objetivo:

avaliar o perfil epidemiológico, o tratamento cirúrgico e os resultados pós-operatórios de pacientes com feridas complexas traumáticas de membros inferiores.

Método:

estudo retrospectivo dos pacientes com ferimentos complexos traumáticos tratados pelo Serviço de Cirurgia Plástica de um hospital regional de Brasília. Foram analisados os dados clínico-epidemiológicos, o tipo de procedimento cirúrgico e a recuperação funcional do membro após seis meses do tratamento.

Resultados:

foram tratados 119 pacientes, com média de idade de 29 anos, predominantemente homens (76,4%). O acidente moto ciclístico foi responsável pela maioria das lesões, em 37,8% dos casos. O tratamento cirúrgico mais realizado foi o enxerto de pele (62,1% dos casos), seguido pelo retalho fascio-cutâneo (21,9%), o retalho muscular (12,6%) e o retalho microcirúrgico (3,4%). Seis meses após a conclusão do tratamento cirúrgico, 35,3% dos pacientes necessitavam de muletas para se locomover, caracterizando um atraso na recuperação funcional do membro que, no entanto, estava relacionado significativamente à presença de fratura, de fixador externo ou de exposição óssea no pré-operatório.

Conclusão:

o perfil do paciente com ferida complexa traumática de membros inferiores foi homem, vítima de acidente motociclístico e o enxerto foi o tratamento mais utilizado. O trauma ortopédico com fratura óssea, exposição óssea e a presença de fixador externo estiveram associados significativamente a um maior risco de prejuízo funcional do membro com necessidade de muletas para locomoção após seis meses de tratamento.

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