Rev. Col. Bras. Cir; 45 (2), 2018
Publication year: 2018
ABSTRACT Objective:
to demonstrate hemodynamic changes during laparoscopic cholecystectomy in elderly patients with trans-esophageal echocardiography. Methods:
we studied 31 elderly patients (aged 60 years or older), ASA I or II, who underwent elective laparoscopic cholecystectomy under general, standardized anesthesia, with cardiovascular parameters measured using transesophageal echocardiography at three different times: before the pneumoperitoneum (T1), after CO2 insufflation (T2) and at deflation (T3). We statistically evaluated changes in systolic, diastolic and mean blood pressure, heart rate, cardiac output and index, and ejection fraction. Results:
although small, only the diastolic blood pressure (DBP) and ejection fraction (EF) variations were statistically significant. The mean ± standard deviation of DBP in mmHg at the different times were: T1=67.5±10.3; T2=73.6±12.4; and T3=66.7±9.8. And for EF, in percentage (%) they were: T1=66.7±10.4; T2=63.2±9.9; and T3=68.1±8.4. There was no statistical correlation between hemodynamic variations, age and number of patients' comorbidities. Conclusion:
laparoscopic cholecystectomy causes few hemodynamic changes that are well tolerated by the majority of the elderly patients; prior impairment of ventricular function represents a threat in elderly patients during surgery; there appears to be a lower hemodynamic effect caused by the pneumoperitoneum than by the patient's positioning in a reverse Trendelemburg during surgery.
RESUMO Objetivo:
demonstrar as alterações hemodinâmicas durante a colecistectomia laparoscópica em pacientes idosos com auxílio da ecocardiografia trans-esofágica Métodos: foram estudados trinta e um pacientes idosos (com 60 anos de idade ou mais), ASA I ou II, submetidos à colecistectomia laparoscópica eletiva, sob anestesia geral padronizada, com aferição de parâmetros cardiovasculares através de ecocardiograma trans-esofágico em três momentos diferentes: antes do pneumoperitônio (T1), após a insuflação do CO2 (T2) e na desinsuflação (T3). As variações da pressão arterial sistólica, diastólica e média, da frequência cardíaca, do débito e do índice cardíaco, e da fração de ejeção foram avaliadas estatisticamente. Resultados:
apesar de pequenas, somente as variações da pressão arterial diastólica (PAD) e da fração de ejeção (FE) foram estatisticamente significativas. A PAD, em mmHg, nos diferentes momentos, de acordo com a média e desvio padrão, foram: T1=67,5±10,3; T2=73,6±12,4; T3=66,7±9,8. E para a FE, em porcentagem (%), nos diferentes momentos, de acordo com média e desvio padrão, foram: T1=66,7±10,4; T2=63,2±9,9; T3=68,1±8,4. Não houve correlação estatística entre as variações hemodinâmicas, a idade e número de comorbidades dos pacientes. Conclusão:
a colecistectomia laparoscópica causa poucas alterações hemodinâmicas que são bem toleradas pela maioria dos pacientes idosos; o comprometimento prévio da função ventricular representa ameaça em pacientes idosos durante a cirurgia; parece haver menor efeito hemodinâmico causado pelo pneumoperitônio do que pelo posicionamento do paciente em Trendelemburg reverso durante a cirurgia.