Rev. Col. Bras. Cir; 45 (2), 2018
Publication year: 2018
ABSTRACT Objective:
to identify predictors of chest drainage complications in trauma patients attended at a University Hospital. Methods:
we conducted a retrospective study of 68 patients submitted to thoracic drainage after trauma, in a one-year period. We analyzed gender, age, trauma mechanism, trauma indices, thoracic and associated lesions, environment in which the procedure was performed, drainage time, experience of the performer, complications and evolution. Results:
the mean age of the patients was 35 years and the male gender was the most prevalent (89%). Blunt trauma was the most frequent, with 67% of cases, and of these, 50% were due to traffic accidents. The mean TRISS (Trauma and Injury Severity Score) was 98, with a mortality rate of 1.4%. The most frequent thoracic and associated lesions were, respectively, rib fractures (51%) and abdominal trauma (32%). The mean drainage time was 6.93 days, being higher in patients under mechanical ventilation (p=0.0163). The complication rate was 26.5%, mainly poor drain positioning (11.77%). Hospital drainage was performed in 89% of cases by doctors in the first year of specialization. Thoracic drainage performed in prehospital care presented nine times more chances of complications (p=0.0015). Conclusion:
the predictors of post-trauma complications for chest drainage were a procedure performed in an adverse site and mechanical ventilation. The high rate of complications demonstrates the importance of protocols of care with the thoracic drainage.
RESUMO Objetivo:
identificar fatores preditores de complicações da drenagem torácica em pacientes vítimas de trauma, atendidos em um Hospital Universitário. Métodos:
estudo retrospectivo de 68 pacientes submetidos à drenagem torácica pós-trauma, no período de um ano. Foram analisadas as seguintes variáveis:
sexo, idade, mecanismo de trauma, índices de trauma, lesões torácicas e associadas, ambiente em que foi realizado o procedimento, tempo de permanência do dreno, grau de experiência do executor do procedimento, complicações e evolução. Resultados:
a média de idade dos pacientes foi de 35 anos e o sexo masculino foi o mais prevalente (89%). O trauma contuso foi o mais frequente, com 67% dos casos, e destes, 50% por acidentes de trânsito. A média do TRISS (Trauma and Injury Severity Score) foi 98, com taxa de mortalidade de 1,4%. As lesões torácicas e associadas mais frequentes foram, respectivamente, fraturas de costelas (51%) e trauma abdominal (32%). A média de permanência do dreno foi de 6,93 dias, sendo maior nos pacientes sob ventilação mecânica (p=0,0163). A taxa de complicações foi de 26,5%, com destaque para o mau posicionamento do dreno (11,77%). A drenagem hospitalar foi realizada, em 89% dos casos, por médicos do primeiro ano de especialização. A drenagem torácica realizada no atendimento pré-hospitalar apresentou nove vezes mais chances de complicações (p=0,0015). Conclusão:
os fatores preditores de complicações para drenagem torácica pós-trauma foram: procedimento realizado em local adverso e ventilação mecânica. A alta taxa de complicações demonstra a importância dos protocolos de cuidados com a drenagem torácica.