Rev. bras. crescimento desenvolv. hum; 27 (1), 2017
Publication year: 2017
INTRODUCTION:
The prevalence of obesity in children and adults has increased worldwide exponentially over the past two decades, becoming an important issue of global public health. OBJECTIVE:
To describe the growth and nutritional status of adolescents of public schools. METHODS:
Epidemiological, cross-sectional study, a representative sample of students aged 10 to 14 years of the public schools of the Metropolitan Region of Grande Vitória (MRGV), State of Espírito Santo, Brazil. Data on gender, age, skin colour/race, pubertal stage, socioeconomic class, weight and height were obtained. In the nutritional evaluation, the Height/Age (H/A) and Body Mass Index/Age (BMI/A) indexes, in z-score, of the WHO reference (2007) were considered. For statistical analysis, we used the Qui-square test and Student's t test (Mann-Whitney test for non-normal distribution), and significance level of p < 0.05. Study approved by the Institutional Research Ethics Committee. RESULTS:
There were assessed 818 adolescents, with average age of 12.8 ± 1.1 years, female predominance (58.3%), mixed skin colour/race (41.7%), post-pubertal stage (53, 4%) and socioeconomic class C (59.5%). It was identified very low stature in 0.4% and low stature in 1.8% of adolescents. Overweight was diagnosed in 227 (27.7%) students, represented by overweight (18.7%), obesity (8.4%) and severe obesity (0.6%); While 0.2% presented severe thinness and 2.7% thinness. The mean z-score of girls' height (p = 0.024) was higher than the WHO reference, as well as the BMI z-score of girls (p = 0.0001) and boys (p = 0.0002). CONCLUSION:
Adolescents of public schools of MRGV achieve adequate growth, even higher, on average, proposed by WHO (2007). However, they also present a high prevalence of overweight, indicating that the region is at an advanced stage of nutritional transition.
INTRODUÇÃO:
A prevalência de obesidade em crianças e adultos tem aumentando de modo exponencial nas últimas duas décadas, configurando-se como importante problema de saúde pública global. OBJETIVO:
Descrever o crescimento e o estado nutricional de adolescentes frequentadores de escolas públicas. MÉTODO:
Estudo epidemiológico, transversal, com amostra representativa de estudantes (dez a 14 anos) da rede pública estadual da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), ES, Brasil. Obtidos dados referentes ao sexo, idade, cor/raça, estádio puberal, classe socioeconômica, peso e estatura. Na avaliação nutricional, foram considerados os índices de estatura para idade (E/I) e índice de massa corporal para idade (IMC/I), em escore z, do referencial da OMS (2007). Para análise estatística, utilizou-se o teste Qui-quadrado e t de Student (Mann-Whitney para distribuição não normal), e nível de significância de p < 0,05. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Institucional. RESULTADOS:
Avaliados 818 adolescentes, média de idade da amostra de 12,8 ± 1,1 anos, predomínio do sexo feminino (58,3%), cor/raça parda (41,7%), estádio pós-púbere (53,4%) e classe socioeconômica C (59,5%). Identificou-se muito baixa estatura em 0,4% e baixa estatura em 1,8% dos adolescentes. O excesso de peso foi diagnosticado em 227 (27,7%) estudantes, representado por sobrepeso (18,7%), obesidade (8,4%) e obesidade grave (0,6%); enquanto 0,2% e 2,7% deles apresentaram magreza acentuada e magreza, respectivamente. A média do escore z de estatura das meninas (p = 0,024) foi superior ao referencial da OMS, assim como a do escore z do IMC das meninas (p=0,0001) e dos meninos (p = 0,0002). CONCLUSÃO:
Os adolescentes da rede pública estadual da RMGV já alcançam um crescimento adequado, inclusive superior, em média, ao proposto pela OMS (2007). Contudo, também apresentam prevalência elevada de excesso de peso, indicando que a Região está em fase avançada de transição nutricional.