Rev. bras. epidemiol; 20 (2), 2017
Publication year: 2017
RESUMO:
Introdução: A raça/cor da pele é um importante preditor do estado de saúde da população, assim como um marcador de desigualdades sociais. Objetivo:
O objetivo deste estudo foi descrever as prevalências dos principais fatores de risco e proteção para as doenças crônicas e agravos não transmissíveis em escolares, segundo as diferenças de raça/cor da pele. Métodos:
Foram utilizados dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2012 e calculadas as prevalências ajustadas por idade e escolaridade materna, segundo distribuição por raça/cor da pele. Resultados:
Adolescentes brancos são mais novos, estudam em escolas privadas, têm mães mais escolarizadas. O consumo de feijão e frutas foi maior em pretos, pardos e indígenas. A prática de atividade física foi maior em indígenas. A experimentação de bebidas alcoólicas foi maior em brancos. Indígenas relataram sofrer maior violência física. Amarelos e pretos relataram sofrer mais bullying. Conclusão:
Os dados sugerem iniquidades na distribuição por raça/cor, sendo necessário minimizar as disparidades raciais e étnicas na saúde a fim de contribuir mais efetivamente para a prevenção de doenças e a promoção da saúde dos adolescentes.
ABSTRACT:
Introduction: The race/skin color is an important predictor of health status of the population, as well as a marker of social inequalities. Objective:
The aim of this paper was to describe the prevalence of the main risks and the protective factors for chronic diseases in schoolchildren, according to race/skin color differences. Methods:
Data from the National Adolescent School-Based Health Survey (2012) were used. This is a cross-sectional study carried out in public and private schools. Prevalences were calculated according to the distribution by race/skin color. Prevalence ratios adjusted for age and maternal schooling were analyzed. Results:
White adolescents were younger, studied more frequently in private schools and had mothers with higher levels of education in comparison to the other students. Consumption of beans and fruits was higher among black, brown, and indigenous participants. Physical activity was more frequent among indigenous people. Experimentation with alcohol was higher among white adolescents. Indigenous students reported greater physical violence. Asian and black adolescents reported experiencing greater bullying. Conclusion:
Minimizing racial and ethnic disparities in health is necessary to disease prevention and health promotion among adolescents.