Rev. bras. epidemiol; 20 (3), 2017
Publication year: 2017
RESUMO:
Objetivo: Reclassificar os óbitos de mulheres portadoras do vírus da imunodeficiência humana/síndrome da imunodeficiência adquirida no ciclo gravídico-puerperal no Estado de Pernambuco, no período de 2000 a 2010. Métodos:
Estudo descritivo exploratório, desenvolvido a partir das seguintes etapas: tradução para português do item "HIV and aids" do documento da Organização das Nações Unidas "The WHO application of ICD-10 to deaths during pregnancy, childbirth and the puerperium: ICD MM, 2012"; elaboração de um algoritmo de classificação dos óbitos de mulheres portadoras do vírus da imunodeficiência humana/síndrome da imunodeficiência adquirida no ciclo gravídico-puerperal; e reclassificação dos óbitos por um grupo de especialistas. Resultados:
Dentre os 25 óbitos reclassificados, 12 foram devido ao vírus da imunodeficiência humana/síndrome da imunodeficiência adquirida e a condição gravídica era coexistente; 9 foram reclassificados como morte materna obstétrica indireta, com o código O98.7, proposto pela Organização Mundial de Saúde; 2 como morte materna obstétrica direta/indireta; e 2 foram considerados indeterminados. Conclusão:
A reclassificação apontou uma possível mudança de padrão de mortalidade materna, visto que a maioria dos óbitos foi atribuído ao vírus, podendo levar a uma redução dos óbitos por causas maternas. O algoritmo subsidiará o uso da nova classificação sobre morte materna e do vírus da imunodeficiência humana/síndrome da imunodeficiência adquirida.
ABSTRACT:
Objective: To reclassify deaths of women infected with the human immunodeficiency virus/acquired immunodeficiency syndrome in pregnancy and childbirth in the State of Pernambuco, Brazil, from 2000 to 2010. Methods:
A descriptive exploratory study, developed from the following steps: translation to Portuguese of the item "HIV and aids" of the United Nations document "The WHO application of ICD-10 to deaths during pregnancy, childbirth and the puerperium: DCI MM 2012"; development of a classification algorithm of deaths of women living with the human immunodeficiency virus/acquired immunodeficiency syndrome in pregnancy and childbirth; and reclassification of deaths by a group of experts. Results:
Among the 25 reclassified deaths, 12 were due to human immunodeficiency virus/acquired immunodeficiency syndrome, and pregnancy condition was coexisting; 9 were reclassified as indirect maternal death, with O98.7 code, proposed by the World Health Organization; 2 as direct/indirect maternal death; and 2 were considered indeterminate. Conclusion:
The reclassification showed a possible pattern of change in maternal mortality, since most of the deaths were attributed to the virus and may lead to a reduction in deaths from maternal causes. The algorithm will subsidize the use of the new classification of maternal death and human immunodeficiency virus/acquired immunodeficiency syndrome.