Food Insecurity, Prenatal Care and Other Anemia Determinants in Pregnant Women from the NISAMI Cohort, Brazil: Hierarchical Model Concept
Insegurança alimentar, cuidado pré-natal e outros determinantes da anemia em mulheres grávidas da coorte Nisami, Brasil: modelo conceitual hierárquico
Rev. bras. ginecol. obstet; 39 (8), 2017
Publication year: 2017
Abstract Objective To identify the prevalence of anemia and its relation to food insecurity (FI) and other determinants in pregnant women. Methods A cross-sectional, cohort-nested study, with the participation of 245 pregnant women who were cared for at Family Health Units in the municipality of Santo Antônio de Jesus, Bahia, Brazil. The participants underwent blood tests for hemoglobin levels, anthropometric examinations, and answered a structured questionnaire. The hemoglobin (Hb) parameter (Hb < 11 g/dL) was used for the classification of the diagnosis of anemia. Food insecurity was evaluated using the North American short-scale food insecurity assessment. Logistic regression was adopted for the statistical analyses, based on a hierarchical conceptual model that enabled the measurement of the decomposition of the total effect of its non-mediated and mediated components using the proposed hierarchical levels. Results The prevalence of anemia in the studied population was of 21.8%, and the average hemoglobin was 12.06 g/dL (standard deviation [SD]: 1.27). Food insecurity was identified in 28.16% of the pregnant women. The average maternal age was 25.82 years (SD: 5.94). After ranking, the variables positively associated with anemia remained significant: FI (odds ratio [OR] =3.63; 95% confidence interval [95%CI]: 1.77-7.45); not undergoing prenatal care (OR = 5.15;95%CI: 1.43-18.50); multiparity (OR = 2.27;95%CI: 1.02-5.05); and non-supplementation of iron medication (OR = 2.45; 95%CI: 1.04-5.76). The results also indicated that the socioeconomic and environmental factors were largely mediated by food insecurity and factors regarding prenatal care. Conclusions In the present study, the chance of occurrence of anemia in pregnant women was significantly higher,mainly among women: in situations of food insecurity, not undergoing prenatal care, not having received iron supplements, and who are multiparous.
Resumo Objetivo Identificar a prevalência de anemia e sua relação com a insegurança alimentar (IA) e outros determinantes em mulheres grávidas. Métodos Trata-se de estudo transversal aninhado a uma coorte, do qual participaram 245 gestantes atendidas em Unidades de Saúde da Família do município de Santo Antônio de Jesus-BA. As participantes foram submetidas a exame de sangue para dosagem de hemoglobina, exame antropométrico, e responderam a um questionário estruturado. Utilizou-se o parâmetro hemoglobina (Hb < 11 g/dL) para a classificação do diagnóstico de anemia. A IA foi avaliada por meio da escala curta norte-americana de avaliação da segurança alimentar. Para as análises estatísticas, adotou-se a regressão logística, tomando-se como base um modelo conceitual hierarquizado definido a priori, que possibilitou a mensuração da decomposição do efeito total em seus componentes não mediados e mediados nos níveis hierárquicos propostos. Resultados A prevalência de anemia na população estudada foi de 21,8%, e amédia de hemoglobina foi de 12,06 g/dL (desvio padrão [DP]: 1,27). A IA foi identificada em 28,16% das gestantes. A média de idade materna foi de 25,82 anos (DP: 5,94). Após a hierarquização, permaneceram significativas as variáveis associadas positivamente à anemia: IA (razão de possibilidades [OR] = 3,63; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1,77-7,45); não realização de pré-natal (OR = 5,15; IC95%: 1,43-18,50); multiparidade (OR = 2,27; IC95%: 1,02-5,05); e a não suplementaçãomedicamentosa de ferro (OR = 2,45; IC95%: 1,04-5,76). Os resultados indicaram ainda que os fatores socioeconômicos e ambientais forammediados emgrande parte pela IA e pelos fatores de cuidado pré-natal. Conclusões Nesse estudo, a chance de ocorrência de anemia em gestantes foi significantemente maior, principalmente, entre aquelas que estavam em situação de IA, não realizaram o pré-natal, eram multíparas, e não fizeram a suplementação de ferro.