Perfil da clientela de serviços de intervenção precoce: um enfoque na saúde ocular
Clientele profile of early intervention services: a focus on eye health

Rev. bras. oftalmol; 76 (5), 2017
Publication year: 2017

Resumo Objetivos:

Descrever e analisar o perfil de crianças com alterações no desenvolvimento atendidas em serviços de intervenção precoce (IP) e de suas mães ou cuidadores, dando enfoque a aspectos relacionados a saúde ocular da criança.

Métodos:

Levantamento quantitativo, de caráter exploratório-descritivo. O instrumento de coleta de dados constituiu-se de um questionário aplicado com mães ou cuidadores de crianças atendidas em serviços de IP. Os dados obtidos foram transcritos em planilha do software Microsoft Excel e analisados com base em estatística descritiva simples. A amostra constituiu-se de 273 sujeitos.

Resultados:

Houve prevalência da participação das mães (84,2%) com idade entre 30 e 40 anos (38,8%). As crianças tinham entre 1 e 2 anos de idade (34,8%), e, na sua maioria, com Síndrome de Down (26,7%). A média de idade de entrada das crianças nos serviços de IP foi de 7,93 meses e da idade na primeira consulta com o oftalmologista - daqueles que já haviam realizado (82,8%) - foi de 6,8 meses, sendo que 45,6% apresentou alterações oftalmológicas, predominando o estrabismo (40,8%).

Conclusões:

Os resultados obtidos permitiram a identificação e a caracterização das mães ou cuidadores e das crianças que frequentam os serviços de IP, principalmente em questões referentes à saúde ocular. Compreender o panorama descrito deve subsidiar ações voltadas à educação em saúde ocular, prevenção e reabilitação e devem ser direcionadas aos serviços de IP, aos gestores, às famílias e às crianças.

Abstract Objectives:

To describe and analyze the profile of children with developmental disorders treated at early intervention services (IP) and their mothers or caregivers, focusing on aspects related to the child's ocular health.

Methods:

Quantitative survey, exploratory-descriptive. The data collection instrument consisted of a questionnaire applied with mothers or caregivers of children assisted in IP services. The data were transcribed in Microsoft Excel spreadsheet and analyzed based on simple descriptive statistics. The sample consisted of 273 subjects.

Results:

There was a prevalence of mothers (84.2%) between 30 and 40 years old (38.8%). The children were between 1 and 2 years of age (34.8%), and, for the most part, with Down's Syndrome (26.7%). The mean age of entry of children in IP services was 7.93 months and the age at first consultation with the ophthalmologist - of those who had already performed (82.8%) - was 6.8 months, with 45,6% presented ophthalmological alterations, predominating strabismus (40.8%).

Conclusions:

The results obtained allowed the identification and characterization of mothers or caregivers and children attending IP services, especially in questions related to ocular health. Understanding this scenario should support actions aimed at ocular health education, prevention and rehabilitation and should be directed to IP services, managers, families and children.

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