Rev. bras. oftalmol; 76 (6), 2017
Publication year: 2017
Abstract Objective:
To evaluate the self-esteem and quality-of-life outcomes in patients undergoing upper blepharoplasty. Methods:
A cross-sectional study was performed at Federal University of São Paulo. The self-esteem and quality-of-life of 29 patients undergoing upper blepharoplasty were compared with 20 age-matched volunteers from the general population. During preoperative assessment, the patients and volunteers underwent complete ophthalmological examinations and answered two questionnaires: the Rosenberg self-esteem scale (RSES) and the World Health Organization quality of life assessment (WHOQOL-BREF). The RSES is a ten-item questionnaire developed to measure self-esteem that are answered using a four-point scale. The scores range from 0 to 30, and lower scores indicate higher self-esteem. The WHOQOL-BREF is composed of 26 questions divided into four domains. Mean values greater than 5 are considered indicative of very good quality-of-life. Data from the RSES and quality-of-life scores were compared between the two groups using an unpaired t- test. Results:
The mean self-esteem scores for the patients and volunteers were 10.31 ± 0.71 and 6.9 ± 0.99, respectively (p < 0.001). The mean response scores for the WHOQOL-BREF questionnaire for the patients and volunteers were 3.67 ± 0.08 and 3.76 ± 0.08, respectively (p = 0.449). For the psychological subscale of the WHOQOL-BREF questionnaire, the results for the patients and volunteers were 3.52 ± 0.09 and 3.78 ± 0.08, respectively (p = 0.041). Conclusions:
Subjects who underwent upper blepharoplasty exhibited worse self-esteem based on the RSES. Regarding quality-of-life, as assessed using the WHOQOL-BREF questionnaire, significant differences between the groups were evident in the psychological aspects subscale. Our study confirms the importance of subjecting patients to psychological evaluation prior to upper blepharoplasty.
Resumo Objetivo:
Avaliar os resultados de autoestima e qualidade de vida em pacientes submetidos à blefaroplastia superior. Métodos:
Um estudo transversal foi realizado na Universidade Federal de São Paulo. A autoestima e a qualidade de vida de 29 pacientes submetidos à blefaroplastia superior foram comparadas com 20 voluntários pareados para idade. Durante a avaliação pré-operatória, os pacientes e voluntários foram submetidos a exames oftalmológicos completos e responderam a dois questionários: a escala de autoestima de Rosenberg (RSES) e a avaliação da qualidade de vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL-BREF). O RSES é um questionário de dez itens desenvolvido para medir a autoestima que são respondidos usando uma escala de quatro pontos. Os escores variam de 0 a 30, e os escores mais baixos indicam maior autoestima. O WHOQOL-BREF é composto por 26 questões divididas em quatro domínios. Os valores médios acima de 5 são considerados indicativos de uma boa qualidade de vida. Os dados da RSES e os escores de qualidade de vida foram comparados entre os dois grupos usando um teste de t-teste não pareado. Resultados:
Os escores médios de autoestima para pacientes e voluntários foram de 10,31 ± 0,71 e 6,9 ± 0,99, respectivamente (p <0,001). Os escores de resposta média para o questionário WHOQOL-BREF para pacientes e voluntários foram de 3,67 ± 0,08 e 3,76 ± 0,08, respectivamente (p = 0,449). Para a subescala psicológica do questionário WHOQOL-BREF, os resultados para pacientes e voluntários foram 3,52 ± 0,09 e 3,78 ± 0,08, respectivamente (p = 0,041). Conclusões:
Aqueles submetidos à blefaroplastia superior apresentaram menor autoestima com base na RSES. Quanto à qualidade de vida, avaliada utilizando o questionário WHOQOL-BREF, diferenças significativas entre os grupos foram evidentes na subescala de aspectos psicológicos. Nosso estudo confirma a importância de submeter os pacientes à avaliação psicológica antes da blefaroplastia superior.