Análise da variação da pressão intraocular após injeção intravítrea de ranibizumabe
Analysis of intraocular pressure variation after intravitreal injection of ranibizumab

Rev. bras. oftalmol; 77 (1), 2018
Publication year: 2018

Resumo Objetivo:

O tratamento com anti-angiogêncios é uma das modalidades mais utilizadas em patologias relacionadas ao edema macular. A injeção intravítrea de um inibidor do VEGF-A tem alta efetividade, porém está relacionada com efeitos adversos, como o aumento da pressão intraocular. O objetivo deste estudo foi avaliar a variação da pressão intraocular (PIO) em pacientes que se submeteram a injeções intravítreas de ranibizumabe, a variação de acordo com facia e com história de injeções prévias.

Métodos:

Este foi um estudo um estu-do observacional transversal. Foram incluídos todos os pacientes submetidos a injeções intravítreas com diagnóstico de degeneração macular relacionada à idade exsudativa, oclusão de veia central da retina com edema macular, ou edema macular diabético. A pressão intraocular foi aferida antes da injeção, imediatamente após e 30 minutos após a injeção com tonômetro portátil. Resultados Foram realizadas 143 injeções intravítreas, restando para a análise 96 injeções realizadas em 55 participantes. A comparação entre a PIO antes e 30 minutos após a injeção intravítrea mostrou-se estatisticamente significativa com PIO final maior que a inicial (p<0,0001) em pacientes com edema macular diabético. Pacientes fácicos e afácicos não mostraram diferenças significativas com relação a variação da PIO. Quando analisados apenas os participantes que haviam recebido injeções prévias, não foi encontrado uma variação significativa.

Conclusão:

Concluímos neste estudo que existe uma diferença significativa entre a pressão intraocular antes e 30 minutos após a injeção intravítrea de ranibizumabe em pacientes com edema macular diabético, mos-trando que esse período de tempo não foi suficiente para a regressão da PIO ao valor pré-injeção. Não encontramos diferenças significativas entre outros grupos, comparação entre fácicos e afácicos, nem em pacientes que haviam recebido injeções prévias.

Abstract Objective:

Treatment with anti-angiogenic drugs is one of the most widely used modalities of treatment of macular edema related conditions. Intravitreal injection of a VEGF-A inhibitor is highly effective, but is related to adverse effects such as increased intraocular pressure. The objective of this study was to evaluate intraocular pressure (IOP) variation in patients who underwent intravitreal injections of ranibizumab, variation according to phakic/aphakic and history of previous injections.

Methods:

This was a cross-sectional observational study. All patients submitted to intravitreal injections with diagnosis of exudative age-related macular degeneration, retinal central vein occlusion with macular ede-ma, or diabetic macular edema were included. The IOP was measured before the injection, immediately after and 30 minutes after the injection with a portable tonometer.

Results:

143 intravitreal injections were performed, with 96 injec-tions performed in 55 participants. The comparison between IOP before and 30 minutes after intravitreal injection showed to be statistically significant with higher than initial IOP (p <0.0001) in patients with diabetic macular edema. Phakic and aphakic patients did not show significant differences regarding IOP variation. When only those participants who had received previous injections were analyzed, no significant variation was found.

Conclusion:

We conclude in this study that there is a significant difference between intraocular pressure before and 30 minutes after intravitreal injection of ranibizumab in patients with diabetic macular edema, showing that this period of time was not sufficient for regression of IOP at the pre-injection value . We did not find significant differences between other groups, comparing phakic and aphakic patients, nor in patients who had received previous injections.

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