Técnica endonasal para cirurgia de descompressão orbitária em paciente com exoftalmopatia de Graves
Endonasal technique for orbital decompression surgery in a patient with Graves' exophthalmopathy

Rev. bras. oftalmol; 77 (2), 2018
Publication year: 2018

Resumo Paciente do sexo feminino, 29 anos, ex-tabagista, diagnosticada em setembro de 2012 com doença de Graves e apresentação rápida de exoftalmia bilateral. Na avaliação oftalmológica, apresentava motilidade preservada, proptose e bolsa de gordura superior em AO com retração de PPSS e PPII e exoftalmetria em OD de 26 mm,e em OE de 24 mm. Em maio de 2014,fez o mapeamento da retina que evidenciou cicatrizes de coriorretinite em ambos os olhos e campimetria computadorizada, apresentando degrau nasal em OD, contração superior, depressão centro-inferior. Em junho de 2016, realizou cirurgia de descompressão orbitária de paredes medial e inferior bilateral por via endoscópica com uso de endoscópio nasal Karl Storz, em 30 graus de óptica. A abordagem cirúrgica da oftalmopatia de Graves deve ser empregada na fase cicatricial exceto nos casos com risco de perda da visão. Antes realizada por acesso externo, atualmente a descompressão orbitária pode ser realizada via endoscópica, com mínima invasividade e permite a remoção da parede inferior e medial sem necessidade de incisões externas. É um procedimento seguro para o tratamento da orbitopatia distireoidiana associada a menor morbidade, no qual se evita lesões ao ducto nasolacrimal, nasofrontal ou ao infraorbital e se possibilita redução da proptose entre 3 a 4 mm. Os benefícios da descompressão estão relacionados com a melhora da acuidade visual, além do resultado estético. A continuidade do tratamento cirúrgico será realizada por meio de correção de retração palpebral seguida de blefaroplastia.
Abstract Female, 29, former smoker, diagnosed in September 2012 with Graves' disease and rapid presentation of bilateral exophthalmos. In the ophthalmologic evaluation, it presented preserved motility, proptosis and upper fat sac in OA with retraction of PPSS and PPII and exophthalmetry in OD of 26 mm, and in OE of 24 mm. In May 2014, he performed the mapping of the retina that showed scars of chorioretinitis in both eyes and computerized campimetry, presenting a nasal step in OD, superior contraction, central-inferior depression. In June 2016, he underwent orbital decompression surgery of the medial and inferior bilateral walls by endoscopic approach using the Karl Storz nasal endoscope at 30 degrees of optics. The surgical approach of Graves' ophthalmopathy should be used in the cicatricial phase except in cases with risk of loss of vision. Before performed by external access, orbital decompression can now be performed endoscopically, with minimal invasiveness and allows the removal of the inferior wall and Without external incisions. It is a safe procedure for the treatment of dysthyroidal orbitopathy, associated with lower morbidity, in which lesions are avoided in the nasolacrimal, nasofrontal, or infraorbital ducts and it is possible to reduce proptosis between 3 and 4 mm. The benefits of decompression are related to Improvement of visual acuity, besides the aesthetic result. The continuation of the surgical treatment will be performed by correction of palpebral retraction followed by blepharoplasty.

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