Analysis of postoperative monitoring of patients undergoing shoulder arthroscopy for anterior instability
Análise do monitoramento pós-operatório dos pacientes submetidos à artroscopia do ombro para tratamento de instabilidade anterior

Rev. bras. ortop; 52 (4), 2017
Publication year: 2017

ABSTRACT OBJECTIVE:

Analyze the postoperative follow-up of patients undergoing shoulder arthroscopy for treatment of anterior instability and correlate with the prevalence of recurrence.

METHODS:

A six-question survey was applied by phone and mail to 65 patients, seeking information on the current result of the surgical procedure. All patients were treated arthroscopically for anterior shoulder instability, with at least 12 months of postoperative time. Patients with associated posterior labial lesions and revision surgeries were not included.

RESULTS:

At the time of the survey the patients had a median of 56 (IQR: 34.5-110.5) postoperative months. The mean sample age was 24.6 years (maximum = 47, minimum = 12; SD = 7.3). Complaint of pain in the shoulder was observed in 20 patients (30.7%). Dislocation recurrence was observed in 10 patients (15.3%). Forty-four patients (67.6%) considered their shoulder normal, which was more frequent in non-recurrence patients (p< 0.001). Forty-three patients (66.1%) returned to their previous level of sport and there was no difference between recurrence and non-recurrence patients (p= 0.456). It was found that the prevalence of recurrence was 5.6 (95% CI: 1.30-24.46) times higher in individuals who abandoned monitoring before six months postoperatively (p= 0.012).

CONCLUSION:

The abandonment of postoperative monitoring in the early stages, when the patients receive orientation for muscle strengthening, proprioceptive education, and dangerous movements to avoid, can increase the rates of recurrent shoulder dislocation in patients treated for anterior instability by arthroscopy.

RESUMO OBJETIVO:

Analisar o acompanhamento pós-operatório dos pacientes submetidos à artroscopia do ombro para tratamento de instabilidade anterior e correlacionar com a prevalência de recidiva.

MÉTODOS:

Foi aplicado em 65 pacientes, através de ligação telefônica, um questionário que buscava informações sobre a situação atual do resultado do procedimento cirúrgico. Todos os pacientes foram operados para corrigir uma instabilidade anterior do ombro por artroscopia e tinham pelo menos 12 meses de pós-operatório. Não foram incluídos pacientes com associação de lesão labral posterior e cirurgias de revisão.

RESULTADOS:

O questionário foi aplicado com uma mediana de 56 (IIQ: 34,5 a 110,5) meses. A média de idade da amostra foi de 24,6 anos (máxima de 47 e mínima de 12 - DP 7,3). Foi verificada queixa de dor em 20 pacientes (30,7%) e recidiva da luxação em dez (15,3%). 44 pacientes (67,6%) consideraram seu ombro normal e 43 (66,1%) retornaram ao esporte prévio. Foi verificado que os indivíduos que abandonaram o acompanhamento pós-operatório antes dos seis meses tiveram uma prevalência 5,6 (IC 95%: 1,30-24,46) vezes maior de recidiva (p = 0,012).

CONCLUSÃO:

O abandono do acompanhamento pós-operatório na fase inicial, na qual o paciente recebe orientações para o reforço muscular e a educação proprioceptiva, pode colaborar no aumento do índice de recidiva da luxação nos pacientes tratados por artroscopia.

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