Rev. bras. ortop; 52 (6), 2017
Publication year: 2017
ABSTRACT OBJECTIVE:
Bilateral extensor tendon ruptures of the knee are rare and have only been published in the form of case reports or small series. METHODS:
Seven patients corresponding to 14 extensor tendon ruptures of the knee were evaluated by the same examiner after a minimum one year post-surgery. Clinical and radiographic evaluations were performed; for statistical analysis, the level of significance was set at 0.05. RESULTS:
The most common injury was patellar tendon rupture (n = 9; 64.29%) followed by quadriceps tendon rupture (n = 5, 35.71%). The intrasubstance was the most affected location (57.15%), followed by the myotendinous junction (21.43%) and the patellar bone insertions (21.43%). Quadriceps tendon ruptures were more prevalent in patients older than 50 years, while patellar tendon ruptures tended to occur in younger individuals. All but one patient had recognized risk factors for tendinous degeneration and rupture:
75% of the cases suffered from diseases, 50% had history of drug use and/or abuse, and 37.5% had both disease and drug use history. Mean attained values for flexion ROM were 124.64° ± 9.43 (110-140°) and 89.57 ± 6.02 (78-94) for Kujala score. More than half of the patients complained of residual pain and quadriceps muscular weakness. Mean age was younger in the individuals who complained of residual pain. CONCLUSION:
Bilateral tendon ruptures of the knee extensor apparatus ruptures are rare and serious injuries, mostly associated with risk factors. Early surgical repair and intensive rehabilitation program for bilateral extensor tendon ruptures of the knee may warrant satisfactory functional outcomes in the medium to long term, despite non-negligible levels of residual pain, quadriceps muscle weakness, and atrophy.
RESUMO OBJETIVO:
As rupturas bilaterais do tendão extensor do joelho são raras e só foram publicadas na forma de relatos de casos ou de pequenas séries. MÉTODOS:
Sete pacientes (14 rupturas do tendão extensor do joelho) foram avaliados pelo mesmo examinador após um período mínimo de um ano de pós-operatório. Foram feitas avaliações clínicas e radiográficas. Para a análise estatística, o nível de significância foi fixado em 0,05. RESULTADOS:
A lesão mais comum foi ruptura do tendão patelar (n = 9; 64,29%) seguida de ruptura do tendão do quadríceps (n = 5, 35,71%). A intrassubstância foi a localização mais acometida (57,15%), seguida pela junção miotendinosa (21,43%) e pela inserção óssea patelar (21,43%). As rupturas do tendão do quadríceps foram mais prevalentes em pacientes com mais de 50 anos; por outro lado, as rupturas do tendão patelar tenderam a ocorrer em indivíduos mais jovens. À exceção de um paciente, todos os demais apresentavam reconhecidos fatores de risco para degeneração e ruptura tendínea: 75% dos casos sofriam de doenças, 50% tinham histórico de uso e/ou abuso de drogas e 37,5% apresentavam simultaneamente histórico de doença e uso de drogas. Os valores médios obtidos para a ADM de flexão foram de 124,6° ± 9,43 (110-140°); no escore de Kujala, os valores médios foram de 89,57 ± 6,02 (78-94). Mais da metade dos pacientes se queixou de dor residual e fraqueza muscular no quadríceps. A idade média dos indivíduos que se queixaram de dor residual era menor. CONCLUSÃO:
As rupturas bilaterais do tendão nas rupturas do aparelho extensor do joelho são lesões raras e graves e na maioria dos casos estão associadas a fatores de risco. O reparo cirúrgico precoce e a instauração de um programa de reabilitação intensiva para rupturas bilaterais do tendão extensor do joelho podem levar resultados funcionais satisfatórios em médio e longo prazo, apesar dos níveis não negligenciáveis de dor residual, fraqueza muscular no quadríceps e atrofia.