Amputation risk after the revascularization procedures in sarcoma resections
Risco de amputação após procedimento de revascularização nas ressecções de sarcoma

Rev. bras. ortop; 52 (6), 2017
Publication year: 2017

ABSTRACT OBJECTIVE:

The objective of this study is to evaluate the efficacy of vascular reconstructive surgery after resection of bone and soft tissue tumors in extremities and the risk of progression to amputation.

METHODS:

This is a retrospective, observational data collection from medical records of patients who underwent resection of bone and soft tissue tumors in the period of 2002-2015. Thirteen patients met the inclusion criteria, which evaluated the correlations between certain factors (gender, tumor type, location, reconstruction, revascularization and patency, infection) with amputation in the postoperative period.

RESULTS:

In this study, of the 13 patients undergoing reconstruction, five (38.46%) evolved to amputation.

All patients who progressed to amputation had the following in common:

presence of bone sarcoma (p = 0.005), having undergone reconstruction with an orthopedic prosthesis (p = 0.005), lack of vascular patency in the revascularization site in the postoperative period (p = 0.032), and surgical site infection (p = 0.001). None of the patients with soft tissue sarcoma underwent amputation, and the only patient with bone sarcoma who did not undergo amputation had no infection and maintained vascular patency of the graft.

CONCLUSION:

The occurrence of infection appears to be one of the main risk factors for failure of revascularization, especially in cases of bone sarcoma in which vascular reconstruction is performed with placement of a non-conventional joint prosthesis.

RESUMO OBJETIVO:

O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia da cirurgia de reconstrução vascular após ressecção de tumores ósseos e tecidos moles em extremidades e o risco de evolução para amputação.

MÉTODOS:

Estudo retrospectivo, observacional, de coleta de dados em prontuário médico de pacientes submetidos a ressecção de tumores ósseos e de tecidos moles de 2002 a 2015; 13 pacientes preencheram o critério de inclusão, foram avaliadas as correlações de determinados fatores (gênero, tipo de tumor, localização, reconstrução, revascularização e patência, infecção) com amputação no pós-operatório.

RESULTADOS:

No presente estudo, dos 13 pacientes submetidos à reconstrução, cinco (38,46%) evoluíram com amputação. Todos os pacientes que evoluíram com amputação tinham em comum o fato de ser portadores de sarcoma ósseo (p = 0,005), ter sido submetidos a reconstrução com prótese ortopédica (p = 0,005) e não apresentar patência vascular no local da revascularização no período pós-operatório (p = 0,032), além de apresentar infecção no local da cirurgia (p = 0,001). Nenhum dos pacientes portadores de sarcoma de partes moles foi submetido à amputação e o único paciente do grupo com sarcoma ósseo que não sofreu amputação não apresentava infecção e mantinha patência vascular no enxerto.

CONCLUSÃO:

A ocorrência de infecção parece ser um dos principais fatores de risco para a falência da revascularização, especialmente nos casos de sarcoma ósseo em que a reconstrução vascular é feita juntamente com colocação de próteses articulares não convencionais.

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