Rev. Bras. Ortop. (Online); 53 (1), 2018
Publication year: 2018
ABSTRACT Objective:
This study evaluated the reproducibility of the three main classifications of ankle fractures most commonly used in emergency clinical practice: Lauge-Hansen, Danis-Weber, and AO-OTA. The secondary objective was to assess whether the level of professional experience influenced the interobserver agreement for the classification of this pathology. Methods:
The study included 83 digitized preoperative radiographic images of ankle fractures, in anteroposterior and lateral views, of different adults that had occurred between January and December 2013. For sample calculation, the estimated accuracy was approximately 15%, with a sampling error of 5% and a sampling power of 80%. The images were analyzed and classified by six different observers:
two foot and ankle surgeons, two general orthopedic surgeons, and two-second-year residents in orthopedics and traumatology. The Kappa statistical method of multiple variances was used to assess the variations. Results:
The Danis-Weber classification indicated that 40% of the agreements among all observers were good or excellent, whereas only 20% of good and excellent agreements were obtained using the AO and Lauge Hansen classifications. The Kappa index was 0.49 for the Danis-Weber classification, 0.32 for Lauge Hansen, and 0.38 for AO. Conclusion:
The Hansen-Lauge classification presented the poorest interobserver agreement among the three systems. The AO classification demonstrated a moderate agreement and the Danis-Weber classification presented an excellent interobserver agreement index, regardless of professional experience.
RESUMO Objetivo:
Avaliar a reprodutibilidade e comparatividade das três principais classificações usadas para fraturas do tornozelo mais comumente empregadas nos servicos de emergência: Lauge-Hansen, Danis-Weber e AO-OTA. Observar secundariamente se existe influência da experiência profissional sobre a concordância entre observadores para a classificação dessa patologia. Métodos:
Foram usadas 83 imagens digitalizadas de radiografias pré-operatórias, em incidências anteroposterior e perfil, de fraturas do tornozelo de adultos diferentes, ocorridas entre janeiro e dezembro de 2013. No cálculo amostral assumiu-se precisão da estimativa de 15%, com erro amostral de 5% e com poder de amostragem de 80%. A leitura e a classificação das fraturas foram feitas por seis observadores, dois cirurgiões de pé e tornozelo, dois ortopedistas generalistas e dois residentes do segundo ano de ortopedia e traumatologia. A análise das variações foi feita pelo método estatístico de Kappa de múltiplas variâncias. Resultados:
Com o uso da classificação de Dannis-Weber, 40% das concordâncias foram consideradas boas ou excelentes entre todos os observadores, enquanto nas classificações de Lauge Hansen e AO apenas 20% se apresentaram boas ou excelentes. O índice Kappa acumulado para cada classificação foi de 0,49 para a classificação de Dannis-Weber, 0,32 para Lauge Hansen e 0,38 para a classificação AO. Conclusão:
A classificação de Lauge Hansen apresenta a pior concordância interobservador dentre as três classificações. A classificação da AO demonstrou concordância intermediária e a de Dannis-Weber apresentou o maior índice de concordância interobservador, independentemente da experiência do profissional.