Rev. Bras. Ortop. (Online); 53 (2), 2018
Publication year: 2018
ABSTRACT Objective:
Retrospective case-control study on the authors' experience regarding arthroplasty in high congenital dislocations of the hip in adults. Methods:
Sample with 11 high congenital hip dislocations (Hartofilakidis type C) that occurred in seven patients, who were submitted to hip arthroplasty by the same surgeon and with the same surgical technique. Mean follow-up period was 4.32 ± 2.67 years (minimum one year) and all patients were evaluated by the same examiner. Results:
All the arthroplasties had cementless fixation, with application of screwed acetabular cups, conical femoral stems, and a metal-polyethylene articular pars. In every patient, shortening femoral osteotomies were performed at subtrochanteric or supracondylar locations. The mean Harris Hip Score at the last evaluation was 88.55 ± 4.50 (range 81-94). The mean time with high dislocation of the hip (42.91 ± 14.59 years, range 19-68) showed a significant inverse correlation with Harris Hip Score (r = 0.80; p = 0.003). All patients reported important relief of pain complaints and are capable of ambulation without any external support. In the unilateral dislocations, leg length discrepancies were fully corrected; in the bilateral cases, isometric limbs were achieved in all patients. All osteotomies consolidated, with a mean interval of 3.27 ± 0.47 months. There were complications in 18.18% of the sample: one iatrogenic intraoperative fracture of the greater trochanter and a transitory sciatic neurapraxia. Conclusion:
Despite being a demanding surgery with a reportedly high complication rate, total hip arthroplasty in high congenital dislocations, when properly indicated and technically correctly performed, allows an improvement in function and quality of life.
RESUMO Objetivo:
Estudo retrospectivo sobre a experiência dos autores no uso de artroplastias para o tratamento de luxações congênitas altas da anca. Métodos:
Amostra com 11 luxações congênitas altas da anca (Hartofilakidis tipo C) verificadas em sete pacientes, que foram submetidos a artroplastia da anca pelo mesmo cirurgião com a mesma técnica cirúrgica. O tempo de seguimento médio foi de 4,32 ± 2,67 anos (mínimo um ano) e todos os pacientes foram avaliados pelo mesmo médico. Resultados:
Todas as próteses tiveram fixação não cimentada, usaram-se cúpulas acetabulares aparafusadas, hastes femorais cônicas e par articular metal-polietileno. Em todos os pacientes foram efetuadas osteotomias de encurtamento femoral no nível subtrocantérico ou supracondiliano. O Harris Hip Score médio no momento da última avaliação clínica foi de 88,55 ± 4,50 (intervalo 81-94). O tempo de duração da luxação alta da anca (42,91 ± 14,59 anos, intervalo 19-68) demonstrou uma correlação inversa significativa com o Harris Hip Score (r = 0,80; p = 0,003). Todos os pacientes relataram alívio importante das queixas álgicas e todos são capazes de deambular sem qualquer apoio exterior. Nas luxações unilaterais, conseguiu-se correção completa da dismetria e nas bilaterais, membros isométricos em todos os pacientes. Todas as osteotomias consolidaram em tempo médio de 3,27 ± 0,47 meses. Verificaram-se complicações em 18,18% da amostra: uma fratura iatrogênica intraoperatória do grande trocânter e uma neuropráxia transitória do ciático. Conclusão:
Apesar de ser uma cirurgia exigente e com elevado índice de complicações relatado, a artroplastia da anca na luxação congênita alta, quando devidamente indicada e tecnicamente bem executada, permite melhorar a funcionalidade e qualidade de vida dos pacientes.