Rev. bras. reumatol; 57 (6), 2017
Publication year: 2017
Abstract Objective:
To characterize the causes of mortality in patients with systemic lupus erythematosus (SLE) in Brazil between 2002 and 2011. Methods:
An exploratory ecological study of a time series using data from the Mortality Information System of DATASUS, the Department of the Unified Health System (Brazil's National Health System). Results:
Brazil's SLE mortality rate was 4.76 deaths/105 inhabitants. The mortality rate was higher in the Midwest, North and Southeast regions than in the country as a whole. There were 6.3% fewer and 4.2% more deaths than expected in the Northeast and Southeast regions, respectively. The mean age at death was 40.7 ± 18 years, and 45.61% of deaths occurred between the ages of 20 and 39. Incidence was highest in women (90.7%) and whites (49.2%). Disorders of the musculoskeletal system and connective tissue were mentioned as an underlying cause of death in 77.5% of cases, and diseases of the circulatory system and infectious and parasitic diseases were also noted in fewer cases. SLE was mentioned as an underlying cause of death in 77% of cases, with no difference between the Brazilian regions (p = 0.2058). The main SLE-related causes of death were, sequentially, diseases of the respiratory and circulatory systems and infectious and parasitic diseases. Conclusions:
This study identified a need for greater control of risk factors for cardiovascular diseases and a better understanding of the pathogenesis of atherosclerosis in SLE. Infectious causes are still frequent, and management should be improved, especially in the early stages of the disease.
Resumo Objetivo:
Caracterizar as causas de mortalidade em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) no Brasil entre 2002 e 2011. Métodos:
Estudo ecológico exploratório de uma série cronológica com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). Resultados:
A taxa de mortalidade por LES no Brasil foi de 4,76 mortes/105 habitantes. A taxa de mortalidade foi maior nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste do que no país como um todo. Houve 6,3% menos e 4,2% mais mortes do que o esperado nas regiões Nordeste e Sudeste, respectivamente. A média de idade ao óbito foi de 40,7 ± 18 anos e 45,61% dos óbitos ocorreram entre 20 e 39 anos. A incidência foi maior nas mulheres (90,7%) e nos brancos (49,2%). Os distúrbios do sistema musculoesquelético e do tecido conjuntivo foram mencionados como a causa subjacente de morte em 77,5% dos casos; também foram observadas doenças do sistema circulatório e infecciosas e parasitárias, embora em menor frequência. O LES foi mencionado como a causa subjacente de óbito em 77% dos casos, sem diferença entre as regiões brasileiras (p = 0,2058). As principais causas de morte associadas ao LES foram, em ordem, doenças dos sistemas respiratório e circulatório e doenças infecciosas e parasitárias. Conclusões:
Este estudo identificou a necessidade de maior controle dos fatores de risco para doenças cardiovasculares e uma melhor compreensão da patogênese da aterosclerose no LES. As causas infecciosas ainda são frequentes e o manejo deve ser melhorado, especialmente nos estágios iniciais da doença.