Esophageal abnormalities in juvenile localized scleroderma: is it associated with other extracutaneous manifestations?
Anormalidades esofágicas na esclerodermia localizada juvenil: associação com outras manifestações extracutâneas?

Rev. bras. reumatol; 57 (6), 2017
Publication year: 2017

Abstract Objective:

To assess esophageal involvement (EI) in juvenile localized scleroderma (JLS) population and the possible association between this gastrointestinal manifestation and demographic data, clinical features, laboratory exams, treatments and outcomes.

Methods:

For a period of 30 years, 5881 patients with rheumatic diseases were followed in our Pediatric Rheumatology Division. EI was defined by the presence of symptoms (solid/liquid dysphagia, heartburn, esophageal regurgitation, nausea/vomiting and epigastralgia) and confirmed by at least one EI exam abnormality: barium contrast radiography, upper gastrointestinal endoscopy and 24-hour esophageal pH-monitoring.

Results:

JLS was observed in 56/5881 patients (0.9%), mainly linear morphea subtype. EI was observed in 23/56(41%) of JLS patients. Eight(35%) of 23 EI patients with JLS were symptomatic and presented heartburn(5/8), solid and liquid dysphagia(3/8), nausea and epigastralgia(1/8). The frequency of any cumulative extracutaneous manifestations (calcinosis, arthritis/arthralgia, central nervous system, interstitial pneumonitis, mesangial nephritis and/or arrhythmia) was significantly higher in JLS patients with EI compared to those without this complication (56% vs. 24%, p = 0.024). No differences were evidenced in demographic data, JLS subtypes and in each extracutaneous manifestation in both groups (p > 0.05). The frequency of methotrexate use was significantly higher in JLS patients with EI compared to those without (52% vs. 12%, p = 0.002). Autoantibody profile (antinuclear antibodies, anti-SCL-70, rheumatoid factor, anticentromere, anti-cardiolipin, anti-Ro/SSA and anti-La/SSB) was similar in both groups (p > 0.05).

Conclusions:

Our study demonstrated that EI was frequently observed in JLS patients, mainly in asymptomatic patients with linear subtype. EI occurred in JLS patients with other extracutaneous manifestations and required methotrexate therapy.

Resumo Objetivo:

Avaliar o envolvimento do esôfago (EE) na população com esclerodermia localizada juvenil (ELJ) e a possível associação entre essa manifestação gastrointestinal e dados demográficos, características clínicas, exames laboratoriais, tratamentos e desfechos.

Métodos:

Durante 31 anos, 5.881 pacientes com doenças reumáticas foram acompanhados em nossa Divisão de Reumatologia Pediátrica. O EE foi definido pela presença de sintomas (disfagia para sólidos/líquidos, azia, regurgitação esofágica, náuseas/vômitos e epigastralgia) e confirmado com pelo menos um exame que revelou EE: radiografia contrastada com bário, endoscopia digestiva alta e pHmetria esofágica de 24 horas.

Resultados:

Observou-se ELJ em 56/5.881 pacientes (0,9%), principalmente do subtipo morfeia linear. O EE foi observado em 23/56 (41%) dos pacientes com ELJ. Oito (35%) dos 23 pacientes com ELJ com EE eram sintomáticos e apresentavam azia (5/8), disfagia para sólidos e líquidos (3/8), náuseas e epigastralgias (1/8). A frequência de quaisquer manifestações extracutâneas cumulativas (calcinose, artrite/artralgia, envolvimento do sistema nervoso central, pneumonite intersticial, nefrite mesangial e/ou arritmias) foi significativamente maior em pacientes com ELJ com EE em comparação com aqueles sem essa complicação (56% vs. 24%, p = 0,024). Não foi evidenciada diferença nos dados demográficos, subtipos de ELJ e quaisquer manifestações extracutâneas entre os grupos (p > 0,05). A frequência de uso de metotrexato foi significativamente maior em pacientes com ELJ com EE em comparação com aqueles sem EE (52% vs. 12%, p = 0,002). O perfil de autoanticorpos (anticorpos antinucleares, anti-SCL-70, fator reumatoide, anticentrômero, anticardiolipina, anti-Ro/SSA e anti-La/SSB) foi semelhante nos dois grupos (p > 0,05).

Conclusões:

Este estudo demonstrou que o EE foi frequentemente observado em pacientes com ELJ, principalmente naqueles assintomáticos com o subtipo linear da doença. O EE ocorreu em pacientes com ELJ com outras manifestações extracutâneas e exigiu tratamento com metotrexato.

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