Organização dos cuidados de reabilitação nas unidades de cuidados intensivos portuguesas
Organization of rehabilitation care in Portuguese intensive care units

Rev. bras. ter. intensiva; 30 (1), 2018
Publication year: 2018

RESUMO Objetivo:

Descrever os diferentes modelos de prestação de cuidados de reabilitação em prática nas unidades de cuidados intensivos de adultos portuguesas.

Métodos:

Estudo observacional simples (transversal), realizado por meio de inquérito on-line enviado aos enfermeiros-chefes ou responsáveis das 58 unidades de cuidados intensivos de adultos que integram a base de dados da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos.

Resultados:

Foram identificados três modelos de organização dos cuidados de reabilitação: cuidados prestados pela equipe da unidade de cuidados intensivos (22,9%), cuidados prestados por equipes externas especializadas (25,0%), um misto dos modelos anteriores, conjugando as duas situações (52,1%). No primeiro modelo, os cuidados eram prestados essencialmente por enfermeiros com especialização em reabilitação e, no segundo, por fisioterapeutas. Não foram encontradas diferenças significativas entre os modelos no que diz respeito à disponibilidade de cuidados, em horas/dia ou dias/semana (p = 0,268 e 0,994 respetivamente), ou a resultados como tempo de internamento em cuidados intensivos, tempo de ventilação ou taxa de mortalidade na unidade (p = 0,418, 0.923 e 0,240 respetivamente).

Conclusão:

A organização dos cuidados de reabilitação nas unidades de cuidados intensivos portuguesas é singular e heterogênea. Apesar dos diferentes modelos de organização de cuidados, a disponibilidade de horas de cuidados é semelhante, bem como os resultados gerais observados nos doentes.

ABSTRACT Objective:

To describe the different rehabilitation care models in practice in Portuguese adult intensive care units.

Methods:

A simple observational (cross-sectional) study was conducted through an online survey sent to the head nurses or individuals responsible for the 58 adult intensive care units that are part of the database of the Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos.

Results:

We identified three models of organization of rehabilitation care: care provided by the staff of the intensive care unit (22.9%), care provided by specialized external teams (25.0%), and a mixture of the previous models, combining the two situations (52.1%). In the first model, the care was provided mainly by nurses with specialization in rehabilitation and, in the second model, the care was provided by physiotherapists. No significant differences were found between the models regarding the availability of care, in hours/day or days/week (p = 0.268 and 0.994, respectively), or results such as length of hospital stay in intensive care, ventilation time, or mortality rate in the unit (p = 0.418, 0.923, and 0.240, respectively).

Conclusion:

The organization of rehabilitation care in Portuguese intensive care units is unique and heterogeneous. Despite different care organization models, the availability of hours of care is similar, as are the overall results observed in patients.

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