Ambulatório pós-unidade de terapia intensiva: é viável e efetivo? Uma revisão da literatura
Post-intensive care outpatient clinic: is it feasible and effective? A literature review

Rev. bras. ter. intensiva; 30 (1), 2018
Publication year: 2018

RESUMO O acompanhamento dos pacientes que recebem alta das unidades de terapia intensiva segue fluxos distintos nas diferentes partes do mundo. Os ambulatórios ou clínicas pós-unidades de terapia intensiva representam uma das formas de realização deste acompanhamento, já com mais de 20 anos de experiência em alguns países do mundo. Estudos qualitativos que acompanharam pacientes nestes ambulatórios sugerem resultados mais animadores do que os estudos quantitativos, demonstrando melhora em desfechos intermediários, como satisfação do paciente e dos familiares. Resultados mais importantes, como mortalidade e melhora da qualidade de vida de pacientes e familiares, ainda não foram demonstrados. Além disto, quais pacientes devem ser indicados para estes ambulatórios? Por quanto tempo eles devem ser acompanhados? Podemos esperar melhora de desfechos clínicos nestes pacientes acompanhados? Os ambulatórios são custo-efetivos? Estas são somente algumas das dúvidas que esta forma de seguimento dos sobreviventes das unidades de terapia intensiva nos oferece. Este artigo visa revisar todos os aspectos referentes à organização e à realização dos ambulatórios pós-alta da unidade de terapia intensiva, bem como um apanhado dos estudos que avaliaram desfechos clínicos relacionados a esta prática.
ABSTRACT The follow-up of patients who are discharged from intensive care units follows distinct flows in different parts of the world. Outpatient clinics or post-intensive care clinics represent one of the forms of follow-up, with more than 20 years of experience in some countries. Qualitative studies that followed up patients in these outpatient clinics suggest more encouraging results than quantitative studies, demonstrating improvements in intermediate outcomes, such as patient and family satisfaction. More important results, such as mortality and improvement in the quality of life of patients and their families, have not yet been demonstrated. In addition, which patients should be indicated for these outpatient clinics? How long should they be followed up? Can we expect an improvement of clinical outcomes in these followed-up patients? Are outpatient clinics cost-effective? These are only some of the questions that arise from this form of follow-up of the survivors of intensive care units. This article aims to review all aspects relating to the organization and performance of post-intensive care outpatient clinics and to provide an overview of studies that evaluated clinical outcomes related to this practice.

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