Rev. paul. pediatr; 35 (4), 2017
Publication year: 2017
RESUMO Objetivo:
Verificar a associação entre qualidade de vida e autopercepção de saúde em crianças com mau desempenho escolar, considerando fatores sociodemográficos. Métodos:
Estudo observacional analítico transversal com 99 crianças de 7 a 12 anos, participantes dos Atendimentos Educacionais Especializados. Os responsáveis responderam a questões sobre aspectos sociodemográficos. Para a avaliar a qualidade de vida e os domínios propostos (autonomia, funções, lazer e família) as crianças responderam ao Autoquestionnarie Qualité de Vie Enfant Imagé (AUQEI) e a uma questão referente à autopercepção de saúde. A análise de dados foi realizada por meio da regressão linear múltipla, considerando nível de significância de 5%. Resultados:
Das crianças avaliadas, 69 (69,7%) eram do sexo masculino, com média de idade de 8,7±1,5. Do total, 27% delas autoavaliaram a saúde como ruim/muito ruim e 36,4% referiram ter qualidade de vida prejudicada. Quanto aos domínios avaliados pelo AUQEI, houve significância estatística dos domínios família e idade, autonomia e classificação econômica, lazer e funções em relação à autopercepção de saúde. Conclusões:
A qualidade de vida de crianças com mau desempenho escolar está associada à autopercepção de saúde e a características sociodemográficas.
ABSTRACT Objective:
To examine the association between quality of life and health self-perception of children with poor school performance, considering sociodemographic factors. Methods:
An analytical, observational, cross-sectional study was conducted with 99 children aged 7 to 12 years receiving specialized educational assistance. Parents and legal guardians answered questions concerning the sociodemographic profile. For an assessment of the quality of life and proposed domains (autonomy, functioning, leisure, and family), the children completed the Autoquestionnarie Qualité de Vie Enfant Imagé (AUQEI) and answered a question concerning their self-perceived health. Data were analyzed using multiple linear regression, considering a 5% significance level. Results:
Among the evaluated children, 69 (69.7%) male participants with mean age of 8.7±1.5, 27% self-assessed their health status as poor/very poor, and 36.4% of the children reported having impaired quality of life. As for the domains assessed by AUQEI, there was statistical significance in the associations between family with age, autonomy with economic classification, and leisure and functioning with self-perceived health. Conclusions:
The quality of life of children with academic underachievement is associated with their health self-perception and sociodemographic characteristics.