Breastfeeding indicators trends in Brazil for three decades
Tendência de indicadores do aleitamento materno no Brasil em três décadas

Rev. saúde pública (Online); 51 (), 2017
Publication year: 2017

OBJECTIVE:

Update breastfeeding indicators trend in Brazil for the last three decades, incorporating more up-to-date information from the National Health Survey.

METHODS:

We used secondary data from national surveys with information on breastfeeding (1986, 1996, 2006, and 2013) to construct the time series of prevalence for the following indicators: exclusive breastfeeding in children under six months of age (EBF6m), breastfeeding in toddlers under 2 years of age (BF), continued breastfeeding at one year of age (BF1year), and continued breastfeeding at two years of age (BF2years).

RESULTS:

The prevalence of EBF6m, BF, and BF1year increased until 2006 (rising from 4.7%, 37.4%, and 25.5% in 1986 to 37.1%, 56.3%, and 47.2% in 2006, respectively). For these three indicators, there was relative stabilization between 2006 and 2013 (36.6%, 52.1%, and 45.4%, respectively). The BF2years indicator had a distinct behavior - relatively stable prevalence, around 25% between 1986 and 2006, and a subsequent increase, reaching 31.8% in 2013.

CONCLUSIONS:

The time series of breastfeeding indicators in Brazil shows an upward trend until 2006, stabilizing from that date onwards on three of the four indicators evaluated. This result, which can be considered as a warning sign, requires evaluation and revision of policies and programs to promote, protect and support breastfeeding, strengthening existing ones and proposing new strategies so that the prevalence of breastfeeding indicators returns to an upwards trend

OBJETIVO:

Atualizar a tendência dos indicadores de aleitamento materno no Brasil nas últimas três décadas, incorporando informações mais recentes provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde.

MÉTODOS:

Utilizamos dados secundários dos inquéritos nacionais com informações sobre aleitamento materno (1986, 1996, 2006 e 2013) para a construção da série histórica das prevalências dos seguintes indicadores: aleitamento materno exclusivo em menores de seis meses de vida (AME6m), aleitamento materno em menores de dois anos (AM), aleitamento materno continuado com um ano de vida (AM1ano) e aleitamento materno continuado aos dois anos (AM2anos).

RESULTADOS:

As prevalências de AME6m, AM e AM1ano tiveram tendência ascendente até 2006 (aumentando de 4,7%, 37,4% e 25,5% em 1986 para 37,1%, 56,3% e 47,2% em 2006, respectivamente). Para esses três indicadores, houve relativa estabilização entre 2006 e 2013 (36,6%, 52,1% e 45,4%, respectivamente). O indicador AM2anos teve comportamento distinto - prevalência relativamente estável, em torno de 25% entre 1986 e 2006, e aumento subsequente, chegando a 31,8% em 2013.

CONCLUSÕES:

A série histórica dos indicadores de aleitamento materno no Brasil mostra tendência ascendente até 2006, com estabilização a partir dessa data em três dos quatro indicadores avaliados. Esse resultado, que pode ser considerado um sinal de alerta, impõe avaliação e revisão das políticas e programas de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, fortalecendo as existentes e propondo novas estratégias para que as prevalências dos indicadores de aleitamento materno retomem a tendência ascendente

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