Are there differences in the quality of the diet of working and stay-at-home women?
Há diferenças na qualidade da dieta de trabalhadoras remuneradas e donas de casa?

Rev. saúde pública (Online); 52 (), 2018
Publication year: 2018

OBJECTIVE To verify whether there is an association between the quality of the diet and the inclusion of women in the labor market and whether the education level would modify this association. We have analyzed the differences according to education level and evaluated whether the insertion or not in the market modifies the association between the quality of the diet and education level. METHODS This is a cross-sectional population-based study that has used data from the Campinas Health Survey (2008 ISACamp). We have evaluated the diet of 464 women, aged 18 to 64 years, using the Brazilian Healthy Eating Index - Revised. We have estimated the means of the total score and index components using simple and multiple linear regression. RESULTS We have observed no difference in the quality of diet of working and stay-at-home women. The analysis stratified by education level showed a lower intake of fruits among stay-at-home women in the segment of lower education level, in relation to working women. Among all women, a lower education level was associated with lower overall quality of the diet, higher intake of sodium, and lower intake of fruits, vegetables, whole grains, milk, and saturated fat. On the other hand, the inclusion in the labor market changed the effect of the education level on the quality of the diet. In the stay-at-home stratum, a low education level was associated with poorer quality of the diet and lower consumption of fruits, dark green and orange vegetables, and whole grains. Among the working women, a low education level was associated with higher intake of sodium and lower intake of vegetables, whole grains, and milk and dairy products. CONCLUSIONS The results show inequities in the profile of food in relation to education level and inclusion in the labor market, which shows the relevance of public policies that increase the access to education and provide guidance on a healthy diet.
OBJETIVO Verificar se existe associação entre qualidade da dieta e inserção das mulheres no mercado de trabalho e se o nível de escolaridade modificaria essa associação; analisar as diferenças segundo escolaridade; e avaliar se a inserção ou não no mercado modifica a associação entre qualidade da dieta e escolaridade. MÉTODOS Trata-se de estudo transversal de base populacional, que utilizou dados do Inquérito de Saúde de Campinas (ISACamp 2008). A alimentação de 464 mulheres, de 18 a 64 anos, foi avaliada por meio do Índice de Qualidade da Dieta Revisado. Foram estimadas as médias do escore total e dos componentes do índice com o uso de regressão linear simples e múltipla. RESULTADOS Nenhuma diferença foi observada entre qualidade da dieta de donas de casa e trabalhadoras remuneradas. A análise estratificada por escolaridade mostrou menor ingestão de frutas entre as donas de casa no segmento de pior escolaridade, em comparação às trabalhadoras remuneradas. Entre as mulheres, a menor escolaridade esteve associada à pior qualidade global da dieta e à maior ingestão de sódio e menor ingestão de frutas, vegetais, grãos integrais, leite e gordura saturada. Em contraste, a inserção no mercado de trabalho modificou o efeito da escolaridade sobre a qualidade da dieta. No estrato de donas de casa, a baixa escolaridade foi associada à pior qualidade da dieta e ao menor consumo de frutas, vegetais verde-escuros e alaranjados e grãos integrais. Entre as trabalhadoras remuneradas, a baixa escolaridade mostrou-se associada à ingestão maior de sódio e menor de vegetais, cereais integrais e leite e laticínios. CONCLUSÕES Os resultados expõem iniquidades no perfil alimentar em relação à escolaridade e à inserção no mercado de trabalho, sinalizando a relevância de políticas públicas que ampliem o acesso à educação e à orientação sobre dieta saudável.

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