Ciência, justiça e antropologia no debate sul-africano da AIDS: produção de sensibilidades e regulação moral entre especialistas
Science, justice and anthropology in the south african debate on AIDS: making sensibilities and moral regulation among specialists
Ciencia, justicia y antropología en el debate surafricano del SIDA: producción de sensibilidades y regulación moral entre especialistas

Sex., salud soc. (Rio J.); (26), 2017
Publication year: 2017

Resumo O texto relata minha experiência enquanto pesquisava o :

debate da AIDSd ocorrido na África do Sul na década de 2000. A partir de pesquisa em arquivos, entrevistas e observação participante em ambientes acadêmicos e entre especialistas da AIDS, exploro as críticas de alguns dos meus interlocutores contra o suposto relativismo e a alegada postura dos antropólogos em face da controvérsia. Em meio a constantes apelos para combater o negacionismoc da AIDS, desconfiança e mesmo aberto rechaço ao pensamento antropológico, analiso minha inserção em redes de pesquisadores e ativistas na Cidade do Cabo, à luz do enfrentamento entre "ortodoxos" ou defensores da ciência da AIDSc e negacionistasn ou dissidentesd. A dificuldade habitual da pesquisa etnográfica é atualizada neste caso, mas ele também coloca um novo desafio: como pode o conhecimento antropológico contribuir para uma melhor compreensão de disputas, sobretudo quando, do ponto de vista .nativon, tais disputas parecem insuperáveis ou inexistem?
Abstract This paper describes my doctoral fieldwork while researching the "AIDS debate" in South Africa. From archives, interviews, and participant observation in academic contexts and expert communities, I explore criticisms raised by some interlocutors against the alleged anthropological relativism and what they regard as the unsuitable position of anthropologists into the controversy. Amid pressure to 'combat AIDS denialism', mistrust and even open rejection of the anthropological thought, I also consider my personal situation into the academic and activists networks in Cape Town in light of the clash between "orthodox" or supporters of "science of AIDS" and "denialists" or "dissidents". The usual difficulty of the ethnographic research is updated in this case, but it also brings up a new challenge: how anthropological knowledge can contribute to a better understanding of disputes and promote agreements especially when from native's viewpoint such disputes seem nonexistent or insurmountable?
Resumen Este texto relata mi experiencia mientras investigaba el "debate del SIDA" ocurrido en Sudáfrica en la década de 2000. A partir del trabajo en archivos históricos, entrevistas y observación participante en ambientes académicos y entre especialistas del SIDA, exploro las críticas de algunos de mis interlocutores contra el supuesto relativismo y la alegada postura de los antropólogos durante la controversia.

En medio de constantes llamados para :

combatir el negacionismoc del SIDA, desconfianza e incluso un abierto rechazo del pensamiento antropológico, analizo mi participación en redes de investigadores e activistas en Ciudad del Cabo, a la luz del enfrentamiento entre ortodoxoso o defensores de la ciencia del SIDAc y negacionistasn o disidentesd. Este caso actualiza la dificultad habitual del trabajo etnográfico, pero también sugiere un nuevo reto: ¿cómo puede el conocimiento antropológico contribuir a una mejor comprensión de disputas, sobre todo cuando, desde el punto de .nativon, tales disputas parecen insuperables o inexistentes?

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