Sociodemographic characteristics of women in a public hospital in Campinas who underwent legal abortion due to sexual violence: cross-sectional study
Características sociodemográficas de mulheres que realizaram aborto legal decorrente de violência sexual em um Hospital Público em Campinas: estudo transversal

Säo Paulo med. j; 135 (4), 2017
Publication year: 2017

ABSTRACT CONTEXT AND OBJECTIVE:

Sexual violence is increasingly frequent worldwide. The aim here was to evaluate the sociodemographic and psychological characteristics of women who requested legal abortion, at a public healthcare service, after sufering sexual violence.

DESIGN AND SETTING:

Retrospective descriptive study on 131 women who underwent legal abortion at the University of Campinas between 1994 and 2014, consequent to sexual violence.

METHODS:

The sociodemographic and psychological characteristics of women who were victims of sexual violence were evaluated from their medical records. The tests used to evaluate possible associations were the chi-square and/or Fisher's exact test.

RESULTS:

The women's mean age was 23 ± 9.2 years; 77.9% were white and 71.8% were single; 32.8% were students and 58.6% had employment outside of their homes. The majority reported that they did not know the aggressor (62.3%), but among the adolescents, 58% of the aggressors were known. The majority asked for abortion up to the 12th weeks of gestation (63.4%). Only 2.3% presented curettage complications. The psychological situation most frequently encountered was determined, in 34.4% of the cases before the abortion; and good in 32.8% after the abortion.

CONCLUSIONS:

There was greater occurrence of sexual violence among students and women who worked outside. Among the students, most of these were adolescents and had no previous sexual life. The teenagers were raped by a known aggressor.

RESUMO CONTEXTO E OBJETIVO:

A violência sexual está cada vez mais frequente no mundo. O objetivo foi avaliar as características sociodemográfcas e psicológicas das mulheres que solicitaram o aborto legal em um serviço público após violência sexual.

DESENHO DO ESTUDO E LOCAL:

Estudo descritivo retrospectivo com 131 mulheres que realizaram aborto legal após violência sexual na Universidade Estadual de Campinas no período de 1994 a 2014.

MÉTODOS:

Foram avaliadas as características sociodemográfcas e psicológicas das mulheres vítimas de violência sexual por meio de seus prontuários. Os testes utilizados para avaliar possíveis associações foram o qui-quadrado e/ou o teste exato de Fisher.

RESULTADOS:

A idade média foi de 23 ± 9,2; 77,9% eram brancas e 71,8% solteiras; 32,8% eram estudantes e 58,6% trabalham fora. A maioria relatou desconhecer o agressor (62,3%), porém entre as adolescentes, 58% dos agressores eram conhecidos. A maioria das mulheres solicitou o aborto com até 12 semanas de gestação (63,4%). Apenas 2,3% apresentaram complicações decorrentes da curetagem e a situação psicológica mais encontrada foi decidida em 34,4% no pré-aborto e bem em 32,8% dos casos no pós-aborto.

CONCLUSÕES:

Houve maior ocorrência de violência sexual entre estudantes e mulheres que trabalham fora. As estudantes, na maioria, eram adolescentes sem vida sexual prévia. As adolescentes foram violentadas por agressor conhecido.

CONCLUSÕES:

Houve maior ocorrência de violência sexual entre estudantes e mulheres que trabalham fora. As estudantes, na maioria, eram adolescentes sem vida sexual prévia. As adolescentes foram violentadas por agressor conhecido.

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