Percepções do ser humano internado em unidade psiquiátrica sobre o viver com doença mental
Percepciones del ser humano internado en la unidad psiquiatrica sobre el vivir con enfermedad mental
Perceptions of individuals hospitalized in psychiatric units about living with a mental disorder

Texto & contexto enferm; 26 (3), 2017
Publication year: 2017

RESUMO Objetivo:

desvelar a percepção do ser humano internado em unidade psiquiátrica sobre o viver com doença mental.

Método:

trata-se de estudo de abordagem fenomenológica, cujos dados foram obtidos por meio de entrevistas com dez adultos internados em uma unidade psiquiátrica de um hospital de ensino do sul do Brasil, no período de janeiro a março de 2014. Utilizaram-se os passos da fenomenologia-hermenêutica de Paul Ricoeur e, para compreensão e interpretação das informações, o referencial teórico-filosófico de Maurice Merleau-Ponty.

Resultados:

revelaram três temas: o mundo do ser humano que vivencia a doença mental; percepção da doença mental para o ser humano que vivencia a internação psiquiátrica; e o ser na relação de ambiguidade: o movimento de liberdade.

Conclusão:

a equipe de saúde, em especial o enfermeiro, necessita incorporar a visão crítica reflexiva da prática assistencial, as bases científicas e a legislação vigente na área da saúde, em especial a saúde mental, as quais visam à autonomia de escolha centrada no ser humano que vivencia a doença mental. Também promover uma rede quente de cuidado singularizado que preze pelo acolhimento e instigue o autocuidado do ser humano por meio da educação em saúde na perspectiva de ações de integralidade. Logo, é fundamental a promoção de saúde, autonomia e liberdade pela escuta do ser humano que vivencia o fenômeno da doença mental, em seus desejos de vida e perspectivas clínicas.

RESUMEN Objetivo:

revelar la percepción del ser humano internado en una unidad psiquiátrica sobre el vivir con enfermedad mental.

Métodos:

estudio con abordaje fenomenológico, cuyos datos fueron obtenidos por medio de entrevistas con diez adultos internados en una unidad psiquiátricos de un hospital de enseñanza del Sur de Brasil, en el periodo de enero a marzo de 2014. Se utilizaron los pasos de la fenomenología-hermenéutica de Paul Ricoeur y, para la comprensión e interpretación de las informaciones, el referencial teórico-filosófico de Merleau-Ponty.

Resultados:

se revelaron tres temas: el mundo del ser humano que vive la enfermedad mental; percepción de la enfermedad mental para el ser humano que vive la internación psiquiátrica; y el ser en la relación de ambigüedad: el movimiento de libertad.

Conclusión:

el equipo de salud, en especial el enfermero, necesita incorporar la visión critico-reflexiva de la práctica asistencial, las bases científicas y la legislación vigente en el área de la salud, en especial la salud mental, las cuales visan la autonomía de elección centrada en el ser humano que vive la enfermedad mental. También promover una red de cuidado singularizado que preconice la recepción e instigue el autocuidado del ser humano por medio de la educación en salud en la perspectiva de acciones de integralidad. Consecuentemente, es fundamental la promoción de la salud, autonomía y libertad por la escucha del ser humano que vive el fenómeno de la enfermedad mental, en sus deseos de vida y perspectivas clínicas.

ABSTRACT Objective:

to reveal the perception of individuals hospitalized in psychiatric units about living with a mental disorder.

Method:

study with phenomenological approach with data obtained through interviews with ten adult individuals hospitalized in a psychiatric unit of a teaching hospital in the southern region of Brazil between January and March 2014. The steps of Paul Ricoeur's hermeneutic phenomenology were used, and Maurice Merleau-Ponty's theoretical-philosophical reference was used for data understanding and interpretation.

Results:

three themes were revealed: the world of individuals that experience a mental disorder; perception on the mental disorder for the individual that experiences psychiatric hospitalization; and the being in the ambiguity relation: the movement of freedom.

Conclusion:

the health care team, particularly nurses, need to incorporate the critical reflective view of the care practice, the scientific bases, and the legislation in force in the area of health, especially mental health, to enable autonomy of choice focused on the human being experiencing a mental disorder, as well as promote a warm network of individualized care that values the reception and incites the self-care through the education in health in the perspective of comprehensive actions. Therefore it is critical to promote health, autonomy, and freedom by listening to the individuals that experiences the phenomenon of a mental disorder in relation to their life desires and clinical perspectives.

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