Texto & contexto enferm; 26 (4), 2017
Publication year: 2017
RESUMO Objetivo:
desvelar as expressões da violência intrafamiliar vivenciadas por adolescentes. Método:
estudo com abordagem qualitativa que utilizou como referencial metodológico a história oral. Foram entrevistadas(os) oito adolescentes matriculadas(os) em uma escola pública de Salvador, Bahia, Brasil, no período de março a maio de 2015. Os dados foram sistematizados conforme a análise temática e respaldados em referenciais teóricos sobre violência doméstica e adolescência. Resultados:
as(os) adolescentes relatam uma infância e adolescência marcadas pela ausência de atenção às necessidades físicas e emocionais, fundamentais para o crescimento e desenvolvimento, e pela vivência cotidiana de humilhações, depreciações, difamações, calúnias, injúrias, além de agressões por meio de tapas e socos. Tais achados foram organizados nas seguintes categorias:
Negligência e abandono; Violência moral e psicológica; e Violência física. Conclusão:
considerando que a história oral das(os) adolescentes desvela um contexto familiar permeado pelas mais variadas formas de expressão da violência, o estudo ratifica a realidade de abuso a que nossas crianças e adolescentes encontram-se expostas dentro de seus lares, entendidos enquanto cenários de proteção e segurança. Alerta-nos, ainda, para a naturalização da violência intrafamiliar, socialmente arraigada na crença da educação dos filhos a partir de medidas punitivas e coercivas, mais comumente por meio de castigos e agressões físicas. Urge estratégias que viabilizem a desconstrução dessa cultura de maus tratos a crianças e adolescentes.
RESUMEN Objetivo:
revelar las expresiones de la violencia intrafamiliar vividas por adolescentes. Método:
estudio con abordaje cualitativo que utilizó como referencial metodológico la historia oral. Se entrevistaron a ocho adolescentes matriculados en una escuela pública de Salvador, Bahía, Brasil, en el período de marzo a mayo de 2015. Los datos fueron sistematizados conforme al análisis temático y respaldados en referenciales teóricos sobre violencia doméstica y adolescencia. Resultados:
los adolescentes con una infancia y adolescencia marcadas por la ausencia de atención a las necesidades físicas y emocionales, fundamentales para el crecimiento y desarrollo, y por la vivencia cotidiana de humillaciones, depreciaciones, difamaciones, calumnias, injurias, además de agresiones por medio de agresiones. Estos hallazgos se organizaron en las siguientes categorías:
Negligencia y abandono; Violencia moral y psicológica; y la violencia física. Conclusión:
considerando que la historia oral de los adolescentes desvela un contexto familiar permeado por las más variadas formas de expresión de la violencia, el estudio ratifica la realidad de abuso a que nuestros niños y adolescentes se encuentran expuestos dentro de sus hogares, entendidos como escenarios de protección y seguridad. Nos alerta, además, para la naturalización de la violencia intrafamiliar, socialmente arraigada en la creencia de la educación de los hijos a partir de medidas punitivas y coercitivas, más comúnmente por medio de castigos y agresiones físicas. Urgen estrategias que viabilicen la deconstrucción de esa cultura de maltrato a niños y adolescentes.
ABSTRACT Objective:
to reveal the expressions of intrafamily violence experienced by adolescents. Method:
a qualitative study that used oral history as a methodological reference. Eight adolescents enrolled in a public school in Salvador, Bahia, Brazil, were interviewed from March to May 2015. The data were systematized according to the thematic analysis and supported by theoretical references on domestic violence and adolescence. Results:
adolescents report a childhood and adolescence marked by the lack of attention to their physical and emotional needs, fundamental for growth and development, and the daily experiences of humiliation, slander, injuries from kicks and punches. These findings were organized in the following categories:
Negligence and abandonment; Moral and psychological violence; and Physical violence. Conclusion:
considering that the oral history of the adolescents reveals a family context permeated by the most varied forms of expressions of violence, the study ratifies the reality of abuse that children and adolescents are exposed to in their homes, which are understood as safe and secure places. It also alerts us to the naturalization of intrafamily violence, socially rooted in the belief of children's education through punitive and coercive measures, most commonly through corporal punishment and aggression. Strategies that deconstruct this culture of child and adolescent maltreatment are urged.