Não adesão ao seguimento ambulatorial por mulheres que experienciaram a violência sexual
La no adhesión al seguimiento ambulatorio por mujeres que sufrieron violencia sexual
Non-adherence to outpatient follow-up by women who experienced sexual violence

Texto & contexto enferm; 27 (1), 2018
Publication year: 2018

RESUMO Objetivo:

compreender os motivos da não adesão ao seguimento ambulatorial por mulheres que experienciaram a violência sexual.

Método:

pesquisa qualitativa fundamentada na Fenomenologia Social de Alfred Schütz, realizada com 11 mulheres atendidas em um serviço especializado. Para obtenção dos dados, utilizou-se a entrevista com questões abertas, realizada entre outubro de 2014 e abril de 2015. O conteúdo foi organizado em categorias e compreendido a partir do referencial adotado.

Resultados:

evidenciou-se a falta de articulação da rede de atendimento para o acolhimento da mulher, o seu sofrimento em ter que relatar diversas vezes nos serviços a agressão e o constrangimento diante dos profissionais de saúde. Mesmo não tendo concluído o seguimento ambulatorial, a mulher espera superar a violência sofrida, ressignificando sua vida por meio da volta aos estudos e ao trabalho.

Conclusão:

a perspectiva destas mulheres mostra pontos relevantes a serem considerados por profissionais de saúde. Estes incluem a articulação entre os serviços que compõem a rede de atendimento e a melhoria do acolhimento, com valorização da relação intersubjetiva - entre a mulher e os profissionais - como um caminho para aumentar a adesão ao seguimento ambulatorial.

RESUMEN Objetivo:

comprender los motivos de la no adhesión al seguimiento ambulatorio por parte de mujeres que sufrieron violencia sexual.

Método:

investigación cualitativa fundamentada en la Fenomenología Social de Alfred Schütz y realizada con 11 mujeres atendidas en un servicio especializado. Para la obtención de los datos se utilizó la entrevista con preguntas abiertas que se llevó a cabo entre octubre del 2014 y abril del 2015. El contenido se organizó en categorías y fue comprendido a partir del referencial adoptado.

Resultados:

fue evidente la falta de articulación de la red de atendimiento para el acogimiento de la mujer y su sufrimiento al tener que relatar el problema varias veces en los servicios para agresión, y también, el constreñimiento ante los profesionales de la salud. Aún sin haber concluido el seguimiento ambulatorio, la mujer espera superar la violencia sufrida encaminando su vida por medio del regreso a los estudios y al trabajo.

Conclusión:

la perspectiva de estas mujeres muestra aspectos relevantes a ser considerados por los profesionales de la salud. Los mismos incluyen la articulación entre los servicios que componen la red de atendimiento y la mejoría del acogimiento, con valorización de la relación intersubjetiva, entre la mujer y los profesionales, como un camino para aumentar la adhesión al seguimiento ambulatorio.

ABSTRACT Objective:

to understand the reasons for non-adherence to outpatient follow-up by women who experienced sexual violence.

Method:

qualitative study based on the Social Phenomenology of Alfred Schütz, carried out with 11 women who received medical care in a specialized service. For data collection, interviews with open-ended questions were carried out from October 2014 to April 2015. The resulting content was organized in categories and understood based on the framework adopted.

Results:

a lack of coordination among services to receive women was evidenced, as well as their suffering in having to report the assault several times, and embarrassment in the presence of healthcare professionals. Even without completing outpatient follow-up, women expect to overcome the violence suffered, giving new meanings to their lives, by returning to their studies and work.

Conclusion:

the perspective of these women shows important issues to be considered by healthcare professionals. These include the coordination among services of the healthcare network and improvement of care, with valuation of the intersubjective relationship between women and professionals, as a way to increase adherence to outpatient follow-up.

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