Fragilidade e desempenho cognitivo de idosos em atendimento ambulatorial
Frailty and cognitive performance of elderly people in outpatient care
Fragilidad y desempeño cognitivo de adultos mayores en atención ambulatoria

REME rev. min. enferm; 22 (), 2018
Publication year: 2018

Objetivo:

investigar a associação entre a síndrome da fragilidade e desempenho cognitivo de idosos em atendimento ambulatorial.

Método:

pesquisa transversal, realizada com amostra por conveniência de 374 idosos que aguardavam consulta de especialidade em um hospital de ensino, no período de novembro de 2015 a novembro de 2016. A coleta de dados contemplou a aplicação de instrumento estruturado, Miniexame do Estado Mental e Escala de Fragilidade de Edmonton. Os dados coletados foram organizados e analisados no software Stata 12®, descritos por medidas de frequência, média e desvio-padrão (DP). Verificou-se a associação entre as variáveis por meio dos testes F de Fisher e t de Student, utilizando-se para avaliação dos resultados o nível de significância de p<0,05.

Resultados:

predomínio de mulheres (67,4%), média de idade de 67,9 anos, casados (56,4%), baixa escolaridade (55,1%), que residem com a família (46%). Para as variáveis clínicas, 97,1% afirmaram possuir algum tipo de doença, 92,3% utilizavam algum medicamento, 57% não relataram perda de urina, 65,8% mencionaram não terem sofrido quedas e 69,8% não haviam sido hospitalizados nos últimos 12 meses. Quanto à síndrome da fragilidade, 30,5% foram classificados como não frágeis, 29,4% aparentemente vulneráveis à fragilidade e 40,1% apresentaram algum grau de fragilidade. Identificou-se relação estatística significativa entre a síndrome da fragilidade e o desempenho cognitivo (p<0,001).

Conclusão:

dessa forma, a avaliação da síndrome da fragilidade e desempenho cognitivo em idosos por meio de instrumentos validados possibilita que enfermeiros e profissionais da saúde possam planejar cuidados gerontológicos a esse segmento etário.

Objective:

to investigate the association between frailty syndrome and cognitive performance of elderly patients in outpatient care.

Method:

a cross-sectional study was carried out with a convenience sample of 374 elderly people who were waiting for a specialized consultation in a teaching hospital from November 2015 to November 2016. Data collection included the application of a structured instrument, the Mini-Mental State Examination and the Edmonton Frail Scale. The collected data were organized and analyzed in the Stata 12® software, described through measures of frequency, mean and standard deviation (SD). The association between the variables was verified through the Fisher’s F test and the Student’s t-test, using the significance level of p < 0.05 to evaluate the results.

Results:

there was a predominance, among the elderly, of women (67.4%), aged 67.9 years on average, married (56.4%), with low educational level (55.1%), and living with the family (46%). As for the clinical variables, 97.1% reported having some type of disease, 92.3% used medications, 57% reported no urine loss, 65.8% reported no falls, and 69.8% had not been hospitalized in the last 12 months. Regarding the frailty syndrome, 30.5% were classified as non-fragile, 29.4% apparently vulnerable to frailty, and 40.1% presented some degree of frailty. A significant statistical relationship was identified between the frailty syndrome and cognitive performance (p < 0.001).

Conclusion:

the evaluation of frailty syndrome and cognitive performance in the elderly through validated instruments allows nurses and health professionals to plan gerontological care in this age group.

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