Implante transcateter valvar aórtico (TAVI): onde estamos em 2018
Transcatheter aortic valve implant (TAVI): where we are in 2018

Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo; 28 (1), 2018
Publication year: 2018

Por cerca de 15 anos, o Implante Transcateter Valvar Aórtico (TAVI) passou por avanços tecnológicos, adquiriu experiência acumulada e tornou-se alternativa à cirurgia convencional. A principal indicação é a estenose aórtica degenerativa do idoso. Evidências atuais foram ampliadas para aqueles de risco intermediário e se tornaram mais robustas nos pacientes de alto risco e inoperáveis. Em situações específicas, como valva aórtica bicúspide, regurgitação aórtica pura, pacientes de baixo risco e bioprótese cirúrgica degenerada, os resultados ainda não são totalmente previsíveis, mas muito promissores.

Os tipos de dispositivos atualmente liberados para uso clinico são divididos em:

da geração inicial e os da nova geração, assim como em auto expansível, balão expansível e expansível mecanicamente. O sítio de acesso preferencial na atualidade é a via transfemoral. Outras alternativas de acessos também têm se mostrado viáveis e confiáveis. As principais complicações são vasculares, eventos neurológicos, distúrbios de condução e regurgitação paravalvar. Apesar da baixa incidência, a ruptura aórtica e a oclusão coronária são uma fonte de maior interesse, devido ao seu potencial impacto na morbimortalidade. A realização mais recente do procedimento em pacientes mais jovens faz necessária mais atenção à questões referentes à durabilidade e ao risco de trombose. Embora o TAVI ainda possa ser um procedimento complexo, após atingida experiência, existe a tendência de migração para uma abordagem mais simplificada com segurança. A seleção do paciente deve, idealmente, ser feita por uma equipe multidisciplinar e uma completa avaliação por imagem, em que a angitomografia é imprescindível, mandatória
For around fifteen years, Transcatheter Aortic Valve Implant (TAVI) has undergone technological advances, acquired accumulated experience, and become an alternative to conventional surgery. The main indication is degenerative aortic stenosis in the elderly patient. Current evidence has been extended to those with intermediate risk, and has become more robust in high-risk and inoperable patients. In specific situations, such as bicuspid aortic valve, pure aortic regurgitation, low-risk patients, and degenerated surgical bioprosthesis, the results are not totally predictable, but are very promising. The types of device currently released for clinical use are divided into first generation and new generation devices, and into auto-expandable, balloon-expandable, and mechanically-expandable. The preferential access site is currently the transfermoral route. Other access alternatives have also proven viable and reliable. The main complications are vascular, neurological events, conduction disturbances, and paravalvular regurgitation. Despite their low incidence, aortic rupture and coronary occlusion have attracted greater interest due to their potential impact on morbimortality. The more recent use of the procedure in younger patients raises issues related to durability and the risk of thrombosis. Although TAVI is still a complex procedure, after gaining experience, there is a tendency to move towards a more simplified, safer approach. The patient selection should ideally be carried out by a multidisciplinary team, and a complete imaging assessment that includes angiotomography is absolutely essential

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