Stents farmacológicos: estado atual
Drug-eluting stents: state-of-the-art
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo; 28 (1), 2018
Publication year: 2018
Stents farmacológicos foram desenvolvidos para reduzir a resposta proliferativa neointimal e consequentemente a reestenose, mais frequente limitação da intervenção coronária percutânea com balão e stents não faramcológicos. O desenvolvimento destes dispositivos baseia-se no maior entendimento da biologia da reestenose, na seleção de
fármacos anti-proliferativos adequados para os diversos mecanismos envolvidos nesta complicação e no uso de plataformas/polímeros adequados para entrega do fármaco. Consequentemente o desempenho destes dispositivos depende da perfeita interação de todos estes elementos. As abordagens atuais para minimizar a reestenose são revisados neste capítulo. Embora a primeira geração dos stents farmacológicos tenha sido focada na eficácia em reduzir a reestenose, questões relacionadas à sua segurança surgiram, comprometendo seu uso mais disseminado. As novas gerações de stents farmacológicos
com polímeros duráveis ou bioabsorvíveis conseguiu reduzir as taxas de nova intervenção e de trombose. Embora o modelo ideal de stent farmacológico ainda esteja em investigação, é certo que esta tecnologia já se estabeleceu como primeira linha na intervenção coronária percutânea contemporânea