Rev. bras. promoç. saúde (Online); 31 (2), 2018
Publication year: 2018
OBJETIVO:
Descrever a percepção dos homens, no contexto do cotidiano vivido com suas companheiras grávidas, sobre a atividade sexual no período gestacional. MÉTODOS:
Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do qual participaram 10 cônjuges de gestantes atendidas em Unidades Básicas de Saúde do município de Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil. Os dados foram coletados nos meses de setembro e outubro de 2015, por meio de entrevista semiestruturada e avaliados através da técnica sistemática de análise de conteúdo à luz da literatura pertinente. RESULTADOS:
Os entrevistados, em sua maioria, pertenciam à faixa etária compreendida entre 24 e 29 anos, frequentaram o ensino médio e eram casados. Para os participantes do estudo, no que se refere à sexualidade, é compreendida por alguns para além do ato sexual, enquanto, para outros, a sexualidade relaciona-se apenas ao coito. Quanto à atividade sexual, identificaram-se mudanças em decorrência da gravidez, embora a prática tenha permanecida inalterada. Mitos associados à hipótese do sexo como prejudicial à gestação foram descartados.CONCLUSÃO:
A prática sexual pode sofrer modificações em decorrência da gestação, as quais dependem, para além das alterações biológicas decorrentes do período gestacional, de simbologias e constructos sociais que ditam valores e normas quando o assunto é a manutenção ou não do ato sexual durante a gravidez. (AU)
OBJECTIVE:
To describe men’s perception of the sexual activity during the gestational period, in the context of the daily life experienced with their pregnant partners. METHODS:
This is a descriptive study with a qualitative approach. The study included 10 spouses of pregnant women attended to at Basic Health Units in the city of Juazeiro do Norte, Ceará, Brazil. Data was collected between September and October 2015, through a semi-structured interview and evaluated through the systematic technique of content analysis, and analyzed in light of the pertinent literature. RESULTS:
The majority of interviewees belonged to the age group between 24 and 29 years, attended high school and were married. For the study participants, when it comes to sexuality, some understand it as something beyond sexual intercourse, whereas, for others, sexuality is related only to intercourse. As for sexual activity, changes were identified as a result of pregnancy, although, for some, the practice remained unchanged. Myths associated with the hypothesis of sex being harmful to gestation were discarded. CONCLUSION:
Sexual activity may undergo changes deriving from gestation, which depend, in addition to the biological changes resulting from the gestational period, on symbologies and social constructs that dictate values and norms regarding the maintenance or not of the sexual intercourse during pregnancy. (AU)
OBJETIVO:
Describir la percepción de los hombres en el cotidiano con sus compañeras embarazadas respecto la actividad sexual en el período gestacional. MÉTODOS:
Se trata de un estudio descriptivo de abordaje cualitativo. Diez cónyuges de mujeres embarazadas asistidas en Unidades Básicas de Salud del municipio de Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil, participaron de la investigación. Se recogieron los datos entre los meses de septiembre y octubre de 2015 a través de entrevistas semiestructuradas que fueron evaluadas con la técnica sistemática del análisis de contenido a la luz de la literatura pertinente. RESULTADOS:
Los entrevistados, en su mayoría, estaban en la franja de edad entre 24 y 29 años, con educación secundaria y casados. Para algunos de los participantes del estudio el tema de la sexualidad es comprendida más allá del acto sexual mientras para otros la sexualidad se relaciona solamente con el coito. Sobre la actividad sexual, se identificaron cambios decurrentes del embarazo aunque la práctica se ha quedada inalterada. Se descartaron los mitos asociados con la hipótesis del sexo como algo dañoso a la gestación. CONCLUSIÓN:
La práctica sexual puede cambiarse debido la gestación y los cambios dependen más allá de las alteraciones biológicas del período gestacional, de simbologías y constructos sociales que dictan valores y normas cuando el tema es la manutención o no del acto sexual durante el embarazo. (AU)