Insuficiência cardíaca: relação entre parâmetros antropométricos, composição corporal e integridade celular
Heart failure: correlation between anthropometric parameters, body composition and cell integrity

Int. j. cardiovasc. sci. (Impr.); 31 (3), 2018
Publication year: 2018

Fundamentos:

O conhecimento do ângulo de fase e seu uso como determinante prognóstico em pacientes com insuficiência cardíaca ainda é escasso.

Objetivo:

Avaliar a relação entre indicadores antropométricos, função cardíaca e integridade celular em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida.

Métodos:

Trata-se de um estudo transversal que avaliou pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida por meio da antropometria e da bioimpedância elétrica. Foram empregados os testes do Qui-quadrado e teste t de student para analisar as diferenças e a correlação linear de Pearson para avaliar associação, adotando p < 0,05 para indicar significância estatística.

Resultados:

Foram avaliados 41 indivíduos, com idade entre 30-74 anos, sendo 34 homens (82,9%). O ângulo de fase mostrou-se com maior média entre as mulheres (7,1°), porém houve diferença estatisticamente significativa entre os sexos apenas para as médias do percentual de gordura. O ângulo de fase correlacionou-se com o índice de massa corporal (r = 0,44; p = 0,004) e houve uma tendência na correlação do ângulo de fase com a razão cintura/estatura (r = 0,29; p = 0,06) e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (r = 0,29; p = 0,07).

Conclusões:

O ângulo de fase apresentou boa correlação com o índice de massa corporal e mostrou uma tendência de correlação com a fração de ejeção do ventrículo esquerdo, sustentando o paradoxo da obesidade e a importância prognóstica deste marcador. Ressalta-se ainda, a necessidade de novos estudos sobre a aplicabilidade do ângulo de fase no prognóstico nesta população

Background:

Knowledge about phase angle and its use as a prognostic determinant in patients with heart failure is still scarce.

Objective:

To evaluate the correlation between anthropometric indicators, cardiac function and cell integrity in patients with heart failure with reduced ejection fraction.

Methods:

This was a cross-sectional study that evaluated patients with heart failure with reduced ejection fraction by anthropometry and bioelectrical impedance analysis. Chi-square test and Student's t test were used to analyze differences, and Pearson's linear correlation was used to evaluate associations, using p < 0.05 to indicate statistical significance.

Results:

We evaluated 41 subjects aged 30-74 years, of which 34 were men (82.9%). Mean phase angle was higher among women (7.1%), but significant differences between men and women were found only for body fat percentage. Phase angle correlated with body mass index (r = 0.44, p = 0.004) and there was a trend of correlation of the phase angle with waist-to-height ratio (r = 0.29, p = 0.06) and the left ventricular ejection fraction (r = 0.29, p = 0.07).

Conclusions:

Phase angle showed a good correlation with body mass index and showed a trend of correlation with the left ventricular ejection fraction, supporting the obesity paradox and the prognostic importance of this marker. Further studies on the applicability of the phase angle in the prognosis of these patients are still needed

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