A música no controle de sintomas relacionados à demência em idosos
Music in the control of dementia-related symptoms in the elderly
Acta méd. (Porto Alegre); 39 (1), 2018
Publication year: 2018
O aumento da população idosa e, proporcionalmente, dos casos
de demência, demanda uma maior atenção ao tema e uma busca por
tratamentos alternativos à medicação. Essa revisão avalia os benefícios
da terapia musical, independente do seu método de aplicação – o qual
pode ser grupal, individual, interativo, receptivo, de caráter nostálgico ou
clássico – nesse público de idade mais avançada, buscando entender a sua
influência, frequentemente positiva, nas manifestações da demência. A pluralidade dos sintomas avaliados nos estudos selecionados nos permitiu
analisar um amplo espectro de resultados, que se mostraram eficazes
para sintomas neuropsiquiátricos, destacando-se agitação, ansiedade e
apatia – apesar da primeira não ter sido avaliada individualmente -, para
qualidade de vida e para relações interpessoais; entretanto, devido à
juventude desse tema e dos muitos métodos aplicados para avaliação,
função cognitiva e controle da dor obtiveram parciais incertas ou divergentes.
Depreende-se, portanto, que a terapia musical se apresenta de
grande valor no tratamento dos sintomas da demência, fato esse que
reflete em uma alternativa importante para a crescente população idosa
acometida por essas ocorrências, possibilitando uma melhora no quadro
sem o uso de medicação.
The increase of the elderly population and, inevitably, of dementia cases,
demands a greater attention to the subject and a search for alternative
treatments besides medication. This review evaluates the benefits of music
therapy, despite its application method - which can be in group, individual,
interactive, receptive, nostalgic or classic way - in the older public, seeking
to understand its influence, frequently positive, on the manifestations
of dementia. The plurality of symptoms evaluated in the chosen studies
allowed us to analyze an ample spectrum of results, that proved to be
effective for neuropsychiatric symptoms, especially agitation, anxiety and
apathy - although the first was not appraised individually -, for quality of
life and for interpersonal relationships; however, due to the youth of this
theme and the many methods applied for evaluation, cognitive function
and pain control obtained uncertain or divergent partials. We conclude,
therefore, that music therapy has great value in the treatment of dementia
symptoms, a fact that reflects in an important alternative for the growing elderly population affected by these occurrences, enabling an improvement
in the clinical condition without the use of medication.