Acta méd. (Porto Alegre); 39 (1), 2018
Publication year: 2018
Introdução:
O desenvolvimento da retinopatia diabética e consequente
edema macular diabético é a complicação mais frequente do diabetes
mellitus, que é uma das doenças mais prevalentes na atualidade. Nos
últimos anos, houve uma grande revolução no manejo dessas complicações.
É fundamental, portanto, que a identificação e o manejo precoces e
corretos dessas condições sejam discutidos entre os profissionais da saúde.
Metodologia:
Com o objetivo de avaliar as atualizações no tratamento da retinopatia diabética, foi realizada uma ampla revisão de literatura
em relação a esse tema utilizando as bases de dados MEDLINE e LILACS
durante os meses de abril e maio de 2018. A estratégia de busca utilizou
os seguintes termos:
“retinopatia diabética”, “edema macular” e “manejo”.
Os critérios de elegibilidade foram:
guidelines, ensaios clínicos, revisões
sistemáticas e metanálises que possuíam texto completo publicado em
português ou em inglês publicados nos últimos cinco anos. Resultados:
Quinze artigos foram selecionados para inclusão nesta revisão. A partir
de um total de 738 artigos encontrados, sendo 724 no PUBMED e 14 no
LILACS, 15 foram selecionados para inclusão nesta revisão. Discussão:
O
diagnóstico e o manejo precoces da retinopatia e da maculopatia diabéticas
é fundamental para a manutenção da visão. O padrão ouro para diagnóstico
de retinopatia diabética é a fundoscopia. Já para o do edema macular, a
tomografia de coerência óptica e angiografia fluoresceínica também são
utilizados. A fotocoagulação permite a ablação de áreas de não perfusão
capilar, diminuindo a produção de vascular endothelial growth factor e a
neovascularização. Os anti-vascular endothelial growth factor surgiram
como alternativa para suprimir a atividade do fator de crescimento neovascular
e melhorar a resposta à fotocoagulação, diminuindo os nevosos
e a permeabilidade capilar, responsável pelo edema macular.
Introduction:
The development of diabetic retinopathy and consequent
diabetic macular edema is the most frequent complication of
diabetes mellitus, which is one of the most prevalent diseases nowadays.
In recent years, there has been a major revolution in managing these
complications. It is essential, therefore, that the early and correct identification
and management of these conditions be discussed among health
professionals. Methodology:
In order to evaluate the updates in the treatment of diabetic retinopathy, a broad literature review was carried out
in relation to this topic using MEDLINE and LILACS databases during the
months of April and May of 2018. The search strategy used the following
terms:
“diabetic retinopathy”, “macular edema” and “management”. The
eligibility criteria were:
guidelines, clinical trials, systematic reviews and
meta-analyzes that had a full text published in Portuguese or English
published in the last five years. Results:
Fifteen articles were selected for
inclusion in this review. From a total of 738 articles found, being 724 in
PUBMED and 14 in LILACS, 15 were selected for inclusion in this review.
Discussion:
Early diagnosis and management of diabetic retinopathy
and maculopathy is critical to maintaining vision. The gold standard for
diagnosis of diabetic retinopathy is fundoscopy. As for macular edema,
optic coherence tomography and fluorescein angiography are also used.
Photocoagulation allows the ablation of areas of capillary non perfusion,
decreasing the production of vascular endothelial growth factor and
neovascularization. Anti-vascular endothelial growth factor appeared as
an alternative to suppress the activity of the neovascular growth factor
and improve the response to photocoagulation, reducing the snowy and
capillary permeability, responsible for macular edema.