Adesão e aderência a um programa de exercício físico em pessoas vivendo com HIV/AIDS
Adherence to a physical exercise program in people living with HIV/AIDS
Rev. bras. ativ. fís. saúde; 22 (6), 2018
Publication year: 2018
O objetivo do estudo foi identificar barreiras percebidas à prática de atividade física antes e após participarem de um programa de exercícios físicos (EF), bem como aspectos ligados à adesão e a aderência à este programa, em pessoas vivendo com HIV/aids, especificamente: motivos referidos para faltas as sessões, número de desistências ao longo do programa, continuidade de prática após seis meses ao término do programa e motivos para eventuais não continuidades. Dezenove sujeitos participaram de 14 semanas de um programa de EF. Foram coletadas informações sobre barreiras percebidas para a prática de atividade física, os motivos de faltas ou desistência e a continuidade após seis meses ao término do programa. Para análise dos dados utilizou-se estatística descritiva, o teste de McNemar para verificar as diferenças nas frequências de cada barreira, e de Wilcoxon para comparar o número médio de barreiras no momento pré e pós programa. A média de assiduidade às sessões foi de 58,5% e os principais motivos relatados para as faltas foram “problemas de saúde” e “compromissos pessoais”. Cerca de 40% das pessoas que iniciaram o programa não chegaram até o final do mesmo. A maior parte das desistências aconteceu entre a 11ª e a 20ª sessão. Não houve diferenças significativas nas barreiras referidas pré e pós programa, nem no número médio de barreiras. Somente 21% dos sujeitos referiram estar praticando EF após seis meses. Programas de EF devem considerar estes acha-dos e buscar elaborar ações mais sustentáveis e de maior impacto a longo prazo na saúde dos sujeitos.
The objective of the study was to evaluate, in people living with HIV/AIDS, perceived barriers to physical activity practice before and after participating in a physical exercise (PE) program, as well as aspects related to adherence to the program, specifically: reasons given for absence from sessions, number of with drawals during the program, continuity of practice six months after the end of the program, and reasons for eventual non-continuity. Nineteen subjects participated in a 14-week PE program. Information was collected on perceived barriers to physical activity, reasons for absences or withdrawal, and continuity six months after the end of the program. Descriptive statistics were used for analysis of the data, the Mc Nemar test to verify the differences in the frequencies of each barrier, and the Wilcoxon test to compare the mean number of barri-ers pre- and post-program. The average at tendance at the sessions was 58.5% and the main reasons reported for absences were “health problems” and “personal commitments”. About 40% of the people who started the program did not continue to the end of the program. The majority of dropouts occurred between the 11th and 20th sessions. There were no significant differences in the pre- and post- barriers reported, or in the mean number of barriers. Only 21% of the subjects reported racticing PE six months after the program. PE programs should consider these findings and seek to develop more sustainable actions with a greater long-term impact on the health of the subjects.