Schistosomal Cervical Myelopathy

Arq. bras. neurocir; 37 (2), 2018
Publication year: 2018

Schistosomiasis is an infectious disease caused by trematode platyhelminths of the genus Schistosoma. The involvement of the cervical spinal cord is rare, with few cases reported in the literature. The management of such patients is particularly challenging, since clinical and radiological findings may be confounded with other inflammatory diseases and/ or spinal cord tumors. We describe a 20-year old male with a history of swimming outdoors. He first presented pain in the back of the neck extending to shoulders and upper limbs paresis associated with four limbs hyperreflexia. The magnetic resonance imaging (MRI) showed a hypointense T1-weighted lesion in the cervical spinal cord, which was hyperintense on T2 images. The serologic testing was negative for schistosomiasis. A cervical cord biopsy at the C5-C6 level showed Schistosoma eggs in the histopathological examination. The treatment was performed using a single dose of praziquantel 50 mg/kg, with prednisone 40 mg/day for 3 weeks. On the follow-up, 1 year later, the patient presented mild reduction of the vibratory sensitivity in the distal third of both legs. Our illustrative case strengthens that, in endemic regions, Schistosoma mansoni infestation should be included in the differential diagnosis of intramedullary expansive lesions.
A esquistossomose é uma doença infecciosa causada por platelmintos trematódeos do gênero Schistosoma. O acometimento da medula espinhal cervical é raro, com poucos casos apresentados na literatura. O manejo desses pacientes é particularmente difícil, uma vez que os achados clínicos e radiológicos podem ser confundidos com outras doenças inflamatórias e/ou tumores da medula espinhal. Descrevemos um homem de 20 anos de idade com história de natação ao ar livre. Primeiramente, ele apresentou cervicalgia que se estendeu até os ombros e paresia dos membros superiores, associada à hiperreflexia de quatro membros. A ressonância magnética (RM) mostrou lesão hipointensa em T1 na medula espinhal cervical, a qual foi hiperintensa nas imagens em T2. O teste sorológico foi negativo para esquistossomose. Uma biópsia da medula cervical ao nível C5-C6 evidenciou ovos de Schistosoma no exame histopatológico. O tratamento foi realizado com dose única de praziquantel 50 mg/ kg, com prednisona 40 mg/dia por 3 semanas. No seguimento de 1 ano, o paciente apresentou discreta redução da sensibilidade vibratória no terço distal de ambas as pernas. Nosso caso ilustrativo reforça que, em regiões endêmicas, a infestação pelo Schistosoma mansoni deve ser incluída no diagnóstico diferencial de lesões expansivas intramedulares.

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