Queda: comportamentos negativos de enfermagem e conseqüências para o paciente durante o período de internamento em UTI
Fall: negative behaviors of the nursing and consequences for the patient during the internment period in ICU

Arq. ciências saúde UNIPAR; 5 (2), 2001
Publication year: 2001

O presente estudo buscou verificar os comportamentos negativos da equipe de enfermagem e as conseqüências imediatas para os pacientes, relacionadas com a queda durante o período de internação em UTI, sendo utilizada a Técnica do Incidente Crítico como norteadora dos procedimentos metodológicos. A população foi constituída por 235 profissionais de enfermagem que atuavam nas UTIs adulto. O total de 90 relatos obtidos, após analise e categorização, levou aos resultados seguintes. Quanto aos comportamentos negativos, agrupados, resultaram em 09 categorias: deixar o paciente só, sem vigilância (38,6 por cento), não realizar restrição do paciente (16,4 por cento), manter as grades da cama abaixadas (16,4 por cento), não travar as grades da cama, não verificar fixação, encaixe e condições da grade (5,7 por cento), problemas nos equipamentos (5,7 por cento), não realizar avaliação clínica do paciente ou fazê-la incorretamente (5,7 por cento), realizar procedimento técnico complexo, sem auxílio (5,0 por cento), omitir a ocorrência de queda para o enfermeiro (2,9 por cento) e outros (3,6 por cento). Os dados que evidenciam as conseqüências imediatas para o paciente, em ordem decrescente, assim se apresentaram: traumas teciduais de diferentes intensidades (35,5 por cento), retirada não programada de diferentes artefatos terapêuticos (26,7 por cento), desconexão de artefatos terapêuticos diversos (15,6 por cento), alterações emocionais (8,9 por cento), piora das condições clínicas (7,8 por cento), óbito (4,4 por cento) e outra (1,1 por cento). Os resultados obtidos vêm ressaltar a importância de medidas preventivas para evitar os eventos de quedas de pacientes durante o período de internação em UTI

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