Análise morfométrica do epitélio de revestimento do filamento branquial do guaru (Poecilia vivipara) exposto a frações do extrato da folha e casca do caule de Pequi (Caryocar brasiliensis)
Morphometric analysis of the lining epithelium of the gill filament off Guaru (Poecilia vivipara) exposed to fraction of leaf and bark extracts of Pequi (Caryocar brasiliensis)

Arq. ciências saúde UNIPAR; 6 (3), 2002
Publication year: 2002

O Cerrado brasileiro tem sido um dos domínios ecológicos mais explorado cientificamente nos dias atuais e na última década. Estudos recentes têm proposto o uso de extrato da folha e casca do caule de C. brasiliensis (pequi) como agente moluscicida, no intuito de combater o hospedeiro intermediário (Biomphalaria glabrata) do parasito causador da esquistossomose: Schistosoma mansoni. Como este molusco sempre está próximo a mananciais de água, questiona-se o impacto deste produto sobre a fauna aquática. Neste sentido, utilizamos a brânquia do peixe eurialino Poecilia vivipara (guaru), já bastante utilizado como bioindicador de poluição aquática, para testar a toxicidade de frações de extratos da folha e casca de caule de pequi. Um conjunto de 30 guarus adultos arranjados em 5 grupos experimentais foram expostos a frações aquosa, acetato de etila e etérea da folha e frações aquosa e acetato de etila da casca de caule de pequi, durante 24 horas. Mensurou-se a área e o perímetro dos filamentos branquiais nas regiões: basal, intermediária e apical. As análises estatísticas demonstraram que a área dos grupos experimentais não difere do controle. Porém, o perímetro das regiões basal e intermediária se diferenciaram significativamente do controle o que, todavia, não promoveu o comprometimento das atividades fisiológicas da brânquia. Assim, sugere-se que nas concentrações de 20 ppm, os extratos testados possam ser utilizados como moluscicidas em mananciais aquáticos, excetuando-se a fração aquosa da folha por ser letal nesta concentração

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