Mortality risk of colorectal cancer in brazil from 1980 to 2013
Arq. gastroenterol; 53 (2), 2016
Publication year: 2016
ABSTRACT Background - Colorectal cancer is one of the most common cancer worldwide, and variation in its mortality rates indicates the importance of environmental factors in its occurrence. While trend studies have indicated a reduction in colorectal cancer mortality rates in most developed countries, the same trends have not been observed in developing countries. Moreover, trends may differ when analyzed by age and sex. Objective - The present study aimed to analyze the trends in risk of colorectal cancer death in Brazil based on sex and age group. Methods - Death records were obtained from the Mortality Information System of the Ministry of Health. The risk of death and the average annual percent changes (AAPC) in the mortality rates were estimated using joinpoint analysis of long-term trends from 1980 to 2013. All of the statistical tests were two-sided and had a significance level of 5%. Results - Colorectal cancer mortality rates were found to have increased in the last 15 years for both sexes and for all age ranges. The rate ratio (RR) was statistically higher at ages 70 to 79 for men (RR: 1.37; 95% CI: 1.26; 1.49) compared to women (RR: 1.14; 95% CI: 1.06; 1.24). Increases in AAPC were observed in both sexes. Although men presented higher percent changes (AAPC: 1.8; 95% CI: 1.1; 2.6) compared to women (AAPC: 1.2; 95% CI: 0.4; 2.0), this difference was not statistically significant. Growth trends in mortality rates occurred in all age groups except for in women over 70. Conclusion - Unlike Europe and the US, Brazil has shown increases in death rates due to colorectal cancer in the last three decades; however, more favorable trends were observed in women over 70 years old. The promotion of healthier lifestyles in addition to early diagnosis and improved treatment should guide the public health policies targeting reductions in colorectal cancer.
RESUMO Contexto - O câncer colorretal é um dos cânceres mais comuns em todo o mundo, e a variação em suas taxas de mortalidade indica a importância de fatores ambientais em sua ocorrência. Enquanto os estudos de tendência têm indicado redução nas taxas de mortalidade por câncer colorretal na maioria dos países desenvolvidos, as mesmas tendências não foram observadas nos países em desenvolvimento. Além disso, o comportamento das tendências pode ser diferente quando analisado por idade e sexo. Objetivo - O presente estudo teve como objetivo analisar as tendências no risco de morte por câncer colorretal no Brasil com base no sexo e na faixa etária. Métodos - Registros de óbitos foram obtidos do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. O risco de morte e a variação percentual anual média (VPAM) das taxas de mortalidade foram calculados usando análise de tendências joinpoint no período de 1980 a 2013. Todos os testes estatísticos foram bicaudais e utilizando um nível de significância de 5%. Resultados - A razão da taxa (RT) foi estatisticamente maior nas idades de 70 a 79 para os homens (RT: 1,37; IC 95%: 1,26; 1,49) em comparação com as mulheres (RT: 1,14; IC 95%: 1,06; 1,24). Aumentos na variação percentual anual média foram observados em ambos os sexos. Embora os homens apresentassem maiores mudanças por cento (VPAM: 1,8; IC 95%: 1,1; 2,6) em comparação com as mulheres (VPAM: 1,2; IC 95%: 0,4; 2,0), esta diferença não foi estatisticamente significativa. Tendências de crescimento nas taxas de mortalidade ocorreram em todas as faixas etárias, exceto para em mulheres com idade superior a 70 anos. Conclusão - Diferentemente da Europa e dos EUA, o Brasil tem mostrado um aumento nas taxas de mortalidade por câncer colorretal nas últimas três décadas; no entanto, as tendências mais favoráveis foram observadas em mulheres com mais de 70 anos de idade. A promoção de estilos de vida mais saudáveis, além de diagnóstico precoce e tratamento adequado, devem orientar as políticas de saúde pública visando reduções na morbimortalidade por câncer colorretal.