Trace elements in plasma and nutritional assessment in patients with compensated cirrhosis on a liver transplant list

Arq. gastroenterol; 53 (2), 2016
Publication year: 2016

ABSTRACT Background - In chronic liver disease, trace element levels in plasma are usually low. However, the specific cause and functional implications of this abnormality are yet not well understood. These element levels may decrease as a result of abnormal liver function in patients with cirrhosis and/or malnutrition. Objective - To evaluate the nutritional status and the profile of trace elements in plasma of patients with cirrhosis on a liver transplant list and to correlate them with disease severity. Methods - This cross-sectional study evaluated 31 male patients diagnosed with compensated liver cirrhosis on a waiting list for liver transplant. Nutritional status was objectively evaluated through anthropometry using Mendenhall score and Blackburn classification, subjectively through the Detsky questionnaire and severity of the disease by MELD and CTP score. Trace elements (Zn, Se, Cu, Ca, Fe, Mg and Mn) in plasma were analyzed by inductively coupled plasma mass spectrometry (ICP-MS). Statistical analysis was performed using Mann-Whitney test. Results - According to the nutritional assessment 19 (61.3%) were malnourished and 12 (38.7%) were overweight. Regarding disease severity 12 (39%) were classified as Child A, 17 (55%), Child B and 2 (6%) Child C, with 46.9% of patients with MELD score >17. The trace element analysis indicated that 31 (100%) had Mn levels above the reference range, 23 (74.2%) low levels of Cu, 29 (93.5%) with deficiency of Se, and 31 (100%) low levels of Ca and Mg. Disease severity did not show statistical difference between the studied trace elements, in contrast to the nutritional status, in which the malnourished group showed higher levels of Mn (P=0.01) and Fe (P=0.01) and low levels of Zn (P=0.03) when compared to the overweight group. Conclusion - The results showed that the trace elements in plasma are altered in chronic liver disease; without significant correlation to disease severity, but correlated to nutritional status. Malnutrition is present in the patients studied, nonetheless a new scenario with an increase in the prevalence of overweight was verified regardless of the degree of hepatic decompensation.
RESUMO Contexto - Na doença hepática crônica os níveis plasmáticos de oligoelementos normalmente apresentam-se baixos, mas a causa específica e implicações funcionais desta anormalidade ainda não estão bem esclarecidas. Estes elementos podem estar diminuídos em consequência da função hepática alterada em pacientes com cirrose e/ou desnutrição. Objetivo - Avaliar o estado nutricional e o perfil de oligoelementos plasmáticos dos pacientes com cirrose hepática em lista para transplante e correlacionar com a gravidade da doença. Métodos - Trata-se de um estudo transversal, no qual foram avaliados 31 pacientes do sexo masculino com diagnóstico de cirrose hepática compensada em lista de espera para transplante de fígado. O estado nutricional foi avaliado objetivamente por medidas antropométricas através do escore de Mendenhall e classificado segundo Blackburn, subjetivamente por um questionário sistematizado por Detsky e a gravidade da doença pelo escore MELD e CTP. Os oligoelementos plasmáticos (Zn, Se, Cu, Ca, Fe, Mg e Mn) foram analisados pelo método de espectrometria de massas com fonte de plasma indutivamente acoplado (ICP-MS). Para análise estatística foi utilizado o Teste de Mann-Whitney. Resultados - De acordo com a avaliação nutricional 19 (61,3%) estavam com desnutrição e 12 (38,7%) com sobrepeso. Em relação à gravidade da doença 12 (39%) foram classificados como Child A, 17 (55%), Child B e 2 (6%) Child C, sendo 46,9% dos pacientes com o escore MELD >17. Na análise dos oligoelementos 31 (100%) apresentaram níveis de Mn acima dos valores de referência, 23 (74,2%) níveis baixos de Cu, 29 (93,5%) com deficiência de Se, e 31 (100%) níveis baixos de Ca e Mg. Em relação à gravidade da doença não houve diferença estatística entre os oligoelementos estudados, já em relação ao estado nutricional o grupo desnutrido apresentou níveis maiores de Mn (P=0,01) e Fe (P=0,01) e níveis diminuídos de Zn (P=0,03) quando comparado ao grupo sobrepeso. Conclusão - Os resultados mostraram que os oligoelementos estão alterados na doença hepática crônica, sem associação significativa com a gravidade da doença, mas sim com o estado nutricional. A desnutrição está presente nos pacientes estudados, porém um novo cenário com aumento na prevalência de sobrepeso foi verificado independente do grau de descompensação hepática.

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