RFO UPF; 23 (2), 2018
Publication year: 2018
Introdução:
pacientes acometidos por traumatismo
craniofacial podem evoluir com sequelas variadas.
Objetivo:
identificar a prevalência de sequelas neurológicas
ocorridas entre os pacientes com traumatismo
craniofacial em um serviço de referência para o trauma
no sul do Brasil. Sujeitos e método:
foram analisados
1.385 prontuários, em que 169 (12%) pacientes foram
selecionados com trauma em crânio e face simultaneamente,
levando em consideração o agente etiológico,
a procedência, a idade, o sexo do paciente e a localização
das fraturas. Resultados:
uma taxa de 85% dos
indivíduos era do sexo masculino, com faixa etária entre
31-40 anos. Os fatores etiológicos mais prevalentes
foram acidentes de trânsito (36%), quedas (22%) e
violência interpessoal (21%). No grupo selecionado, o
traumatismo cranioencefálico esteve presente em 89%
dos casos; em 64% da população, não houve sequela
neurológica; 28% apresentaram algum tipo de sequela;
e em 8% dos prontuários não havia informações
completas. Conclusão:
na população estudada, mesmo
com um subgrupo específico de traumatizados, houve
prevalência de gênero masculino, terceira década de
vida e acidente automobilístico. Além disso, a região
anatômica mais acometida foi o conjunto de ossos do
terço médio da face, e, ainda nesta condição de associação,
o traumatismo cranioencefálico esteve presente
na maioria dos casos, porém, somente 28% dos casos
evoluíram com alguma sequela neurológica. (AU)
Introduction:
patients affected by craniofacial trauma
may evolve into various sequelae. Objective:
to identify
the prevalence of neurological sequelae among patients
with craniofacial trauma in a reference trauma service
in southern Brazil. Subjects and method:
a total of 1.385
medical records were analyzed, from which 169 (12%)
patients were selected with simultaneous skull and face
trauma, considering the etiologic agent, origin, age and
sex of the patient, and fracture location. Results:
a rate
of 85% of the individuals were men aged 31 through 40
years. The most prevalent etiological factors were car
accidents (36%), falls (22%), and interpersonal violence
(21%). In this selected group, traumatic brain injury was
present in 89% of the cases. In 64% of the population,
there were no neurological sequelae, 28% presented
some type of sequelae, and 8% of the medical records
did not contain complete information. Conclusion:
for
this population studied, even with a specific subgroup
of traumatized subjects, the male sex, the third decade
of life, and car accidents are the most prevalent factors.
In addition, the most affected anatomic region is the set
of bones in the middle third of the face and, in this condition
of association, traumatic brain injury was present
in the great majority of cases, but only 28% of them
evolved into some type of neurological sequelae. (A)