Complexidade terapêutica de diabéticos na atenção primária
Therapeutic complexity of diabetic patients in primary care

Rev. ciênc. méd., (Campinas); 27 (1), 2018
Publication year: 2018

Objetivo Este artigo tem por objetivo avaliar a complexidade da farmacoterapia de pacientes diabéticos, usuários de uma Unidade Básica de Saúde. Métodos Trata-se de estudo observacional, descritivo com delineamento transversal. A avaliação da complexidade do regime terapêutico foi realizada com base no Índice da Complexidade da Farmacoterapia. Foi considerado o tratamento medicamentoso de uso contínuo dos pacientes, incluindo antidiabéticos e fármacos para hipertensão e dislipidemia. As variáveis independentes foram representadas pelas interações medicamentosas, total de medicamentos utilizados, número de vezes e frequência mensal de visitas à unidade de saúde. As potenciais interações medicamentosas foram avaliadas por meio da base de dados Drugdex System – Thomson Micromedex® – Interactions, e a assiduidade de consultas foi obtida pelas datas de cadastro e da última visita. Resultados Na amostra estudada, 52,0% dos participantes tinham idade superior a 60 anos, sendo 73,3% do sexo feminino e, em média, frequentavam a unidade de saúde 0,257±0,22 vezes ao mês. A média da complexidade da farmacoterapia foi de 9,42±4,24, sendo mais proeminente na seção B (frequência de doses): 5,03±2,57. Conclusão A partir da realização deste estudo foi possível identificar uma elevada complexidade da farmacoterapia, que apresentou associação positiva com diversos fatores: número de medicamentos, interações medicamentosas, consultas e frequência mensal à unidade básica de saúde.
Objective To evaluate the pharmacotherapy complexity of diabetic patients of a Basic Health Unit. Methods Observational, descriptive study with a cross-sectional design. The complexity assessment of the therapeutic regimen was performed by calculating the Pharmacotherapy Complexity Index. Continuous prescription drug treatment was considered, including antidiabetics and drugs for hypertension and dyslipidemia. The independent variables were represented by drug interactions, total medication used and monthly frequency of visits to the health unit. Potential drug interactions were evaluated using the Drugdex System – Thomson Micromedex® – Interactions database and consultation frequency was obtained through the date of registration and the last visit recorded. Results In the sample studied, 52.0% of the participants were over 60 years old, female (73.3%) and with an average frequency of visits to the health unit of 0.257±0.22 times a month. The complexity mean of pharmacotherapy was 9.42±4.24, being most prominent in section B (frequency of doses): 5.03±2.57. Conclusion Based on this study, it was possible to identify a high level of pharmacotherapy complexity and it was positively associated with several factors: amount of drugs, drug interactions, consultations and monthly frequency in the basic health unit.

More related