ABCD (São Paulo, Impr.); 31 (1), 2018
Publication year: 2018
ABSTRACT Background:
There is a lack of data regarding hyperkalemia after liver transplantation. Aim:
To evaluate the prevalence of hyperkalemia after liver transplantation and its associated factors. Methods:
This retrospective cohort study evaluated 147 consecutive post-transplant patients who had at least one year of outpatient medical follow up. The data collection included gender, age, potassium values, urea, creatinine, sodium and medication use at 1, 6 and 12 months after. Hyperkalemia was defined as serum potassium concentrations higher than 5.5 mEq/l. Results:
Hiperkalemia was observed in 18.4%, 17.0% and 6.1% of patients 1, 6 and 12 months after tranplantation, respectively. Older age (p=0.021), low creatinine clearance (p=0.007), increased urea (p=0.010) and hypernatremia (p=0.014) were factors associated with hyperkalemia, as well as the dose of prednisone at six months (p=0.014). Conclusion:
Hyperkalemia was prevalent in less than 20% of patients in the 1st month after liver transplantation and decreased over time. Considering that hyperkalemia does not affect all patients, attention should be paid to the routine potassium intake recommendations, and treatment should be individualized.
RESUMO Racional:
Existe lacuna na literatura em relação à presença de hipercalemia em pacientes submetidos ao transplante hepático. Objetivo:
Avaliar a prevalência de hipercalemia após o transplante hepático; e avaliar os fatores de risco associados a essa condição. Métodos:
Estudo de coorte retrospectivo, no qual foram avaliados 147 pacientes submetidos ao transplante hepático, com tempo de seguimento de um ano. A coleta de dados compreendeu gênero, idade, valores séricos de potássio, ureia, creatinina, sódio e medicamentos utilizados no tempo de 1, 6 e 12 meses após o transplante. Hipercalemia foi definida como valores de potássio sérico maiores do que 5,5 mEq/l. Resultados:
Hipercalemia foi observada em 18,4%, 17,0% e 6,1% dos pacientes no 1º, 6º e 12º meses após o transplante, consecutivamente. Idade avançada (p=0,021), baixos valores de creatinina sérica (p=0,007), valores aumentados de ureia (p=0,010) e hipernatremia (p=0,014) foram fatores associados à hipercalemia, assim como a dose de prednisona no 6º mês após o transplante (p=0,014). Conclusão:
Hipercalemia esteve presente em menos de 20% dos pacientes no primeiro mês após o transplante hepático, com diminuição da prevalência ao longo do tempo. Considerando que ela não afeta todos os pacientes, o tratamento dietético deve ser individualizado, com especial atenção à recomendação de administração de potássio de forma rotineira.