Atenção primária em saúde: a adequação ao modelo da vigilância da saúde em município do sul do Brasil
Primary health care: the adequacy to the model of health surveillance in a municipality in southern Brazil
Aletheia; 49 (2), 2016
Publication year: 2016
Este estudo qualitativo visa conhecer a adequação do trabalho realizado por equipes de unidades básicas de saúde às características do modelo da Vigilância da Saúde. Foram empregadas entrevistas e os dados foram analisados pela técnica de Análise de Conteúdo Temático. As equipes, apesar de não realizarem como rotina a visita domiciliar, referiram conhecer seu território e planejar ações em função das necessidades de saúde da população, referidas nas consultas e em conversas informais. Relatam escutar as demandas dos usuários, tratando-os com respeito e procurando estreitar os vínculos e, sempre que necessário, realizam encaminhamentos para outros serviços e estimulam a responsabilização dos usuários pela sua própria saúde. Foi possível observar que em ambas as equipes há dificuldades em planejar ações sobre o seu território, em função de sua dimensão. Também relataram haver óbices a ações de promoção da saúde, visto que a lógica norteadora do trabalho fundamenta-se no atendimento da demanda espontânea.
This qualitative study aims at knowing the adequacy of the work performed by teams of basic health units to Health Surveillance model. Interviews and technical data were analyzed using the Thematic Content Analysis technique. Although teams did not accomplish home visit, they claimed to know their territory and plan actions based on the population's health needs, which were mentioned in office visit and informal conversations. They reported listening to users' demands, treating them with respect and seeking to strengthen relations and, if necessary, carry out referrals to other services and stimulate the users responsibility for their own health. It was possible to observe that in both teams there are difficulties in planning actions on their territory, due to their size. In addition, it was noted that there are obstacles to health promotion actions, since the logic of the work is based on the spontaneous demand care.